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Países do Mercosul repudiam atos de violência na Venezuela

5 jul 2017 - 20h45
(atualizado em 6/7/2017 às 07h39)
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Simpatizantes do governo tentam invadir Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas
05/07/2017 REUTERS/Andres Martinez Casares
Simpatizantes do governo tentam invadir Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas 05/07/2017 REUTERS/Andres Martinez Casares
Foto: Reuters

Os países fundadores do Mercosul disseram nessa quarta-feira repudiar os episódios de violência que aconteceram na Assembleia Nacional da Venezuela, onde mais de 350 pessoas foram sitiadas dentro do Parlamento por grupos partidários ao governo, deixando cinco deputados feridos.

O comunicado, enviado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, fez questão em salientar o termo "países fundadores" --Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai-- considerando que a Venezuela também é membro do bloco, embora esteja suspensa. A Bolívia está em estágio de adesão.

"Os países fundadores do Mercosul expressam seu mais categórico repúdio aos atos de violência que ocorreram hoje na Assembleia Nacional da República Bolivariana da Venezuela e que resultaram na agressão contra deputados e funcionários daquela instituição", disse a nota.

"Tais atos, precedidos de uma intervenção de altas autoridades do Poder Executivo... constituem um ataque do Executivo sobre outro Poder do Estado, inadmissível no marco da institucionalidade democrática", complementou.

Os países pedem pelo "fim imediato" de ações e discursos que alimentam a polarização e a violência, considerando a atual situação da Venezuela como "grave crise política, social e humanitária".

Apoiadores do governo invadiram nesta quarta-feira a Assembleia Nacional da Venezuela, liderada pela oposição, disseram testemunhas, atacando parlamentares e jornalistas no mais recente confronto violento em meio à crise política que atinge o país.

O centro de Caracas tem sido palco de uma série de confrontos desde que a oposição derrotou o governista Partido Socialista nas eleições parlamentares de dezembro de 2015.

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