O papa Francisco pediu nesta quinta-feira ao governo de Nicolás Maduro e à oposição venezuelana que se respeitem e perdoem e que não se detenham perante a "conjuntura do que é conflituoso". "Abram-se uns aos outros para ser e tornar-se autênticos construtores de paz. O centro de cada diálogo sincero está no reconhecimento e no respeito pelo outro", declarou Francisco na carta lida pelo núncio apostólico em Caracas, Aldo Giordano.
No texto, lido na sessão do diálogo transmitido em cadeia obrigatória de rádio e televisão, o Papa agradeceu o convite a participar do processo de diálogo e ressaltou que nesse caminho à paz, "está o heroísmo do perdão" que salva "do ressentimento, do ódio". Além disso, o sumo pontífice declarou que se trata de "um caminho longo e difícil que requer paciência e coragem, mas que é o único que pode dirigir à paz e à justiça pelo bem de todo o povo".
Francisco pediu, pelo futuro dos filhos dos venezuelanos, que as partes tenham "essa coragem" de ir a esse reconhecimento e enviou suas bênçãos ao diálogo que se iniciou na quinta-feira formalmente entre a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) e o governo de Maduro.
A reunião, realizada no palácio presidencial de Miraflores, também contou com a presença de três chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), entre eles o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.
A Venezuela vive desde o dia 12 de fevereiro uma série de protestos antigovernamentais, que em algumas ocasiões tornaram-se violentos e que deixaram um saldo de 39 mortos, centenas de feridos e detidos.
Manifestantes "inundaram" as ruas do país neste domingo contra o atual governo
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Marcha pacífica reclamava sobre governo; milhares participaram da manifestação em pleno Carnaval
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Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro na região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
Foto: David González / Especial para Terra
Uma marcha pacífica foi realizada nas cidades de Chacao, Baruta e Sucre, região metropolitana de Caracas, neste domingo, 2 de março
Foto: David González / Especial para Terra
A Venezuela enfrenta uma de suas piores crises em uma década. Foto tirada em mais uma grande manifestação realizada na zona metropolitana de Caracas, em 2 de março
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As manifestações das últimas semanas deixaram pelo menos 18 pessoas mortas, em função da violência que tomou conta de alguns protestos e confrontos entre manifestantes encapuzados, forças de segurança e militantes pró-governo
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Manifestante exibe cartaz com a mensagem "A censura deste governo demonstra sua incompetência", durante protesto neste domingo, 2 de março, na região metropolitana de Caracas
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Manifestantes participaram de um grande protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro nos arredores de Caracas, neste domingo, 2 de março
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Manifestantes também protestaram pela liberdade de imprensa, neste domingo, 2 de março, em cidades da região metropolitana de Caracas
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Venezuela: novas manifestações ocupam Caracas e arredores
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Bandeiras do país foram carregadas por manifestantes neste domingo
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Manifestantes venezuelanos foram às ruas neste domingo, 2 de março
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Manifestante segura cartaz contra o governo e a censura que estaria sendo aplicada aos meios de comunicação no país