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América Latina

Pesquisa: 13,3% dos adolescentes uruguaios já experimentaram maconha

19 dez 2013 - 17h42
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Segundo uma pesquisa Mundial de Saúde Adolescente divulgada nesta quinta-feira pela imprensa do Uruguai, 13,3% dos adolescentes do país entre 13 e 17 anos fumaram maconha pelo menos uma vez na vida e 70% dos mesmos consumiram álcool.

Segundo esse relatório, realizado pela Junta Nacional de Drogas, o Ministério da Saúde e o de Desenvolvimento Social, três adolescentes em cada 100 provaram alguma vez cocaína e dois em cada 100, paste base e êxtase.

A enquete foi realizada com jovens que estudam em colégios públicos e privados de todo o país e revelou também que em Montevidéu, 16,8% dos jovens provaram maconha alguma vez, enquanto no interior o número foi de 10,8%.

Além disso, quanto maior é a idade, maior a porcentagem de consumidores, já que entre os maiores de 16 anos, 27,1% provaram maconha, entre os de 15, 16,7%, nos de 14, 9,1%, e entre os de 13 anos, apenas 3,8%.

Destes consumidores, 38,3% disseram ter consumido 10 ou mais vezes, enquanto 35,8% fizeram isso somente uma ou duas vezes e 25,9% entre três e nove vezes.

O relatório advertiu, além disso, que entre quase todos os adolescentes que confessaram ter consumido maconha, 93,6% também declararam um consumo habitual de álcool, enquanto entre os que não consumiram maconha, a porcentagem de jovens consumidores de álcool ficou situada em 42,6%.

No total, sete de cada dez adolescentes consumiram álcool, cuja venda e consumo são proibidos no Uruguai aos menores de 18 anos, pelo menos uma vez na vida.

Da mesma forma que a maconha, as maiores porcentagens de consumo se deram entre os maiores, já que 85,5% dos maiores de 16 provaram álcool, 79% dos maiores de 15, 69,3% nos maiores de 14 e 48% entre os maiores de 13 anos.

Além disso, 28,9% dos adolescentes reconheceram ter ficado bêbado alguma vez.

Seis em cada dez entrevistados também reconheceram ter consumido álcool no último mês antes da pesquisa.

Entre os jovens, 41,2% dos que consumiram álcool, compraram as bebidas em supermercados, bares ou armazéns apesar de ser proibido, 21,7% obtiveram o álcool por intermédio de um amigo, 18,8% por um membro da família e 13,5% de outra maneira que não foi especificada.

Além disso, 1% dos entrevistados reconhecaram ter roubado.

O Uruguai legalizou no último dia 10 o cultivo e a compra e venda de maconha para combater o narcotráfico, apesar de ter estabelecido a proibição de venda da droga aos menores.

O medo que o consumo da maconha se estenda aos menores de idade com esta lei é um dos argumentos mais debatidos entre os opositores a esta iniciativa.

EFE   
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