Polícia do México prende líder do Cartel do Golfo
José Tiburcio Hernández Fuentes foi preso em operação da Polícia Federal
A Polícia Federal do México prendeu nesta sexta-feira (data local) no estado de Tamaulipas, no nordeste do país, José Tiburcio Hernández Fuentes, atual líder do Cartel do Golfo, um dos mais perigosos do país.
Fontes governamentais disseram à Agência Efe que o grupo reagiu ao longo do dia com tiroteios, incendiou veículos e bloqueou estradas na cidade de Reynosa, na fronteira dos Estados Unidos. O Comissário Nacional de Segurança do México, Monte Alejandro Rubido, dará entrevista coletiva amanhã, às 11h locais (13h de sábado em Brasília) para divulgar mais detalhes da prisão.
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Por enquanto, o Grupo de Coordenação de Tamaulipas divulgou comunicado informando que "elementos do Exército Mexicano e da Polícia Federal prenderam integrantes de um grupo de delinquentes que opera em Reynosa".
"Como consequência da operação, membros do mesmo grupo delitivo reagiram atacando as forças federais e a polícia estadual de Tamaulipas, realizando também bloqueios na cidade", disse a nota.
Três civis armados foram mortos depois da reação do Cartel do Golfo, completou o Grupo de Coordenação de Tamaulipas. Além disso, dois policiais ficaram feridos no confronto com a quadrilha.
De acordo com as autoridades mexicanas, desde o primeiro momento as forças federais e estaduais trabalharam de maneira coordenada em Reynosa para preservar a segurança dos moradores. Às 18h locais (20h em Brasília), a situação foi controlada e a vigilância reforçada na cidade após a reitrada dos bloqueios.
Tamaulipa foi ao longo dos últimos anos cenário de violentos enfrentamentos entre grupos do crime organizado, principalmente o Cartel do Golfo e os Zetas, além de confrontos entre as quadrilhas e as forças de segurança.
Também foi palco de atrozes crimes contra imigrantes ilegais, entre eles o massacre de 72 pessoas, a maioria de origem centro-americana, ocorrida em agosto de 2010 no município de San Fernando, atribuída aos Zetas.
Para conter o crescimento da violência, o governo federal implementou no ano passado uma nova estratégia de segurança que prevê um maior das forças federais.