Por lenda do "lobisomem", Kirchner adota jovem judeu
Tradição do país diz que o sétimo filho de uma família pode se tornar um lobisomem no aniversário de 13 anos
A presidente Cristina Kirchner participou de um ritual pouco visto, mas existente desde o início do século 20 na Argentina: a adoção do sétimo filho de uma família para evitar que ele se torne um “lobisomem”. As informações são do The Independent.
No dia 23 deste mês, Kirchner encontrou a família do jovem judeu Yair Tawil para uma cerimônia de “adoção”. Segundo a lenda do país, o sétimo filho nascido de uma família poderá se tornar a criatura bizarra, em seu 13º aniversário – o lobisomem, então, sofreria uma transformação à meia-noite a cada lua cheia, condenado a caçar e matar, antes de retornar à forma humana.
Por causa da crença, muitas famílias do começo do século 20 matavam meninos após o nascimento. Para acabar com a matança de recém-nascidos, em 1907, o presidente Juan Domingo Peron iniciou a tradição de adotar as crianças, para evitar que se tornem lobisomens.
Como o número de crianças nascidas em uma mesma família diminuiu de cem anos para cá, Yair foi um dos únicos a serem adotados, em função disso, recentemente – e, segundo a própria presidente afirmou, é o primeiro judeu da lista, já que, até 2009, apenas crianças católicas haviam sido adotadas.
Kirchner ficou emocionada com a cerimônia e disse que o jovem é “doce e amável”.
As crianças adotadas pelo presidente ganham uma medalha de ouro e uma bolsa de estudos de ensino integral.
Y a Iair, que hiciera el rezo. Un momento muy especial. Después me dijeron que tenía que apagarlas y pedir un deseo… pic.twitter.com/31ThMLjULn
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) December 23, 2014