PUBLICIDADE

América Latina

Presidente boliviano dá posse a novos comandantes militares após tentativa de golpe

Luis Arce discursou e saudou membros das forças armadas que “respeitam a constituição”

26 jun 2024 - 18h47
(atualizado às 19h09)
Compartilhar
Exibir comentários
‘Precisamos que o povo se mobilize contra o golpe’, diz presidente da Bolívia ao lado de ministros:

O presidente Luis Arce, da Bolívia, voltou a se manifestar na tarde desta quarta-feira, 26, apontando, mais uma vez, a tentativa de golpe de Estado por militares liderados pelo ex-comandante geral do Exército boliviano, Juan José Zúñiga, e saudou membros das forças armadas que “respeitam a constituição”. Na ocasião, ele também deu posse a novos comandantes das forças militares do país. 

"Ao povo boliviano que está nos acompanhando, hoje foi uma jornada atípica na vida de um país que quer democracia. Hoje estamos vivendo uma tentativa de golpe de Estado”, iniciou o chefe de Estado em meio aos gritos de apoio no Palácio Quemado, sede do Governo.

Antes do discurso, ele nomeou José Wilson Sánchez Velasquez como novo comandante do Exército; Gerardo Zabala Alvarez, para a Força Aérea, e Wilson Ramírez, como chefe da Marinha.

Em sua fala, Arce também disse garantir que conta com militares contrários à tentativa de golpe denunciada: “Militares estão manchando o uniforme, atentando contra nossa constituição, mas também contamos com militares que respeitam as normas vigentes. Saudamos aqueles militares que vestem o uniforme com orgulho e fazem valer forças armadas e sua função em um governo democraticamente eleito”, continuou.

Presidente da Bolívia faz pronunciamento
Presidente da Bolívia faz pronunciamento
Foto: Reprodução

Por fim, o presidente da Bolívia lamentou as atitudes dos militares que ocuparam a Praça Murillo: “Repudiamos atitudes de militares maus que existem na história do país, e estão tentando fazer um golpe de Estado. O povo boliviano sempre foi democrático".

Segundo informações da imprensa local, tanques e militares estavam estacionados em frente à sede do governo. Eles são liderados pelo ex-comandante geral do Exército boliviano, Juan José Zúñiga, que foi deposto na última terça-feira.  Zúñiga teria ido até a sede do governo para exigir "a mudança de gabinete".  

Horas após a denúncia de tentativa de golpe, militares conseguiram invadir a sede do governo. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que Arce encontra o líder dos golpistas, Zúñiga.

Presidente boliviano fica cara a cara com general do Exército que invadiu palácio presidencial:

Posicionamento do Governo brasileiro

Inicialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com a imprensa na tarde desta quarta-feira, 26, e repudiou a possibilidade de golpe na Bolívia.

“Eu quero informações. Pedi para o ministro Mauro [Vieira, das Relações Internacionais] ligar para a Bolívia, ligar para o presidente [da Bolívia, Luis Arce], ligar para a embaixada brasileira. para termos certeza, termos uma posição. Como sou um amante da democracia, quero que a democracia prevaleça na América Latina. Golpe nunca deu certo”, disse o presidente do Brasil.

Após o primeiro pronunciamento de Lula, o Governo Federal, por meio de nota, condenou “a tentativa de golpe de Estado em curso na Bolívia” e manifestou apoio ao presidente Luis Arce. 

“O Governo brasileiro condena nos mais firmes termos a tentativa de golpe de Estado em curso na Bolívia, que envolve mobilização irregular de tropas do Exército, em clara ameaça ao Estado democrático de Direito no país.

O Governo brasileiro manifesta seu apoio e solidariedade ao Presidente Luis Arce e ao Governo e povo bolivianos. Nesse contexto, estará em interlocução permanente com as autoridades legítimas bolivianas e com os Governos dos demais países da América do Sul no sentido de rechaçar essa grave violação da ordem constitucional na Bolívia e reafirmar seu compromisso com a plena vigência da democracia na região. Esses fatos são incompatíveis com os compromissos da Bolívia perante o MERCOSUL, sob a égide do Protocolo de Ushuaia”, escreveu o governo brasileiro.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade