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Presidente da Colômbia e Farc assinam novo acordo de paz

24 nov 2016 - 14h37
(atualizado às 16h21)
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Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, e Timochenko, líder das Farc
Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, e Timochenko, líder das Farc
Foto: EFE

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño Echeverri, o "Timochenko", assinaram nesta quinta-feira (24) um novo acordo de paz.

O tratado foi firmado no Teatro Colón, em Bogotá, pouco menos de dois meses depois de o pacto anterior ter sido rejeitado em um referendo popular. Assim como o anterior, o novo acordo enfrenta resistência de parte da sociedade, principalmente do grupo liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe.

Desta vez, o documento será submetido apenas ao Parlamento e não passará pelo crivo das urnas. Na última terça-feira (22), Santos havia reconhecido que o tratado não agradará a todos. O novo pacto mantém aberta a porta da política para os membros das Farc e não enquadra o narcotráfico como crime de lesa humanidade. Além disso, assim como o anterior, não prevê que guerrilheiros cumpram pena em prisões comuns, como defende Uribe.

As negociações entre Bogotá e as Farc para encerrar o conflito mais longevo da América Latina já duram mais de quatro anos e renderam a Santos o Prêmio Nobel da Paz em 2016, mesmo após o primeiro acordo ter sido rejeitado pelo povo.

Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia durante assinatura do acordo de paz com as Farc
Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia durante assinatura do acordo de paz com as Farc
Foto: EFE

Pelo novo tratado, os membros da guerrilha terão cinco cadeiras garantidas no Senado e na Câmara dos Deputados nos próximos dois ciclos legislativos. Além disso, o narcotráfico só ficará isento de anistia caso o combatente o tenha usado para enriquecimento pessoal, item que não estava detalhado no pacto anterior.

O documento também tira a possibilidade de participação de magistrados estrangeiros no Juizado Especial da Paz e determina que bens e ativos em poder das Farc sejam usados para indenizar vítimas do conflito. Estima-se que mais de 260 mil pessoas tenham morrido em 52 anos de hostilidades na Colômbia. 

Timochenko, líder das Far, durante assinatura do acordo de paz
Timochenko, líder das Far, durante assinatura do acordo de paz
Foto: EFE
Fonte: ANSA
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