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Problemas vasculares são "ponto fraco" de vários presidentes argentinos

7 out 2013 - 23h11
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Os problemas vasculares, que nesta terça-feira levarão à sala de cirurgia a presidente argentina, Cristina Kirchner, foram um recorrente calcanhar de Aquiles para vários líderes argentinos, alguns dos quais tiveram que submeter-se a operações em pleno exercício do mandato.

O antecedente mais próximo é o do próprio marido e antecessor de Cristina, Néstor Kirchner (2003-2007), que morreu no dia 27 de outubro de 2010, aos 60 anos, após uma parada cardiorrespiratória não traumática.

Em fevereiro desse mesmo ano, Kirchner tinha sido operado por uma obstrução da carótida e sete meses depois voltava a ser hospitalizado e submetido a uma angioplastia de urgência para reparar uma artéria coronária obstruída.

Os médicos lhe haviam recomendado pisar no freio em sua intensa atividade política, mas Kirchner ignorou esses conselhos.

Seus antecessores Carlos Menem (1989-1999) e Fernando de la Rúa (1999-2001) também padeceram de problemas cardiovasculares.

De la Rúa foi operado de urgência por uma obstrução na carótida em junho de 2001, seis meses antes de abandonar antecipadamente a presidência no meio de uma das mais severas crises econômicas e políticas do país.

Menem, por sua parte, foi operado devido a uma obstrução na carótida em outubro de 1993.

Embora tenha morrido em decorrência de um câncer de pulmão, em 2009, o ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989) também sofreu com problemas cardíacos, da mesma forma que o três vezes presidente argentino Juan Domingo Perón, que sofreu dois infartos após retornar de seu exílio na Espanha e que teve complicações coronárias que marcaram seu último mandato e causaram sua morte, em julho de 1974.

Ao longo da história argentina, houve inclusive presidentes que precisaram deixar antecipadamente o cargo por razões de saúde, embora não por problemas de origem vascular.

Um destes casos foi o de Roberto Ortiz, que, praticamente cego por uma diabetes avançada, renunciou prematuramente da presidência em 1940, dois anos antes de morrer.

Na década anterior, em 1930, o presidente Hipólito Yrigoyen estava de licença por uma forte gripe com acessos febris, quando seu governo foi derrubado por um golpe militar.

O presidente Roque Sáenz Peña também precisou pedir licença várias vezes durante sua gestão devido a sua delicada saúde por problemas neurológicos que os rumores da época atribuíam a uma sífilis.

Em janeiro de 1906, o presidente Manuel Quintana, afligido por problemas de saúde que os historiadores ligam ao estresse, também deixou o cargo nas mãos do vice-presidente, José Figueroa Alcorta, que, após a morte do titular, em março de 1906, ocupou a presidência até completar o mandato.

EFE   
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