Promotor achado morto analisava pedir prisão de Kirchner
Promotora voltou atrás após negar esboço sobre pedido de prisão
A promotora argentina que investiga a morte de Alberto Nisman disse nesta terça-feira que os esboços sobre a denúncia contra a presidente Cristina Kirchner que pedem sua detenção existem e estão incorporados à causa. Segundo Viviana Fein, houve um erro quando foi negada a existência desta documentação.
O jornal Clarín publicou no último domingo que Nisman trabalhava em uma denúncia que incluía pedidos de detenção da mandatária e do chanceler Hector Timmerman, o que foi negado ontem por Fein e pelo chefe de Gabinete de Cristina, Jorge Capitanich.
A publicação, no entanto, divulgou cópias do pedido de prisão nesta terça-feira, o que fez Fein admitir o erro. Ela disse não estar sendo pressionada pelo governo a respeito do caso e que foi apenas "um erro de interpretação".
Nisman, encontrado morto em 18 de janeiro, estava à frente da investigação do atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em 1994.
O promotor foi achado sem vida em seu apartamento uma semana após acusar Cristina e alguns colaboradores de acobertar suspeitos iranianos de cometer o ataque que provocou a morte de 85 pessoas e deixou outras cerca de 300 feridas.
Sua morte aconteceu um dia antes de ele se apresentar na Comissão de Legislação Penal da Câmara de Deputados, onde apresentaria novas informações sobre o caso.