Protestos contra presidente do México terminam em vandalismo
Para marcar a data de dois anos de poder do presidente e protestar contra desaparecimento de estudantes, protestos tomaram ruas mexicanas nesta segunda-feira
Um novo protesto no México contra o desaparecimento de 43 estudantes terminou com atos de vandalismo na segunda-feira, dia em que o presidência de Enrique Peña Nieto completou dois anos de mandato, em meio à pior crise de seu governo.
Para marcar a data, dezenas de protestos foram convocados em todo o país para exigir que o governo encontre os jovens desaparecidos em setembro em Iguala (Guerrero, sul), um crime que o próprio Peña Nieto admitiu na segunda-feira que estabeleceu um "antes e depois" de sua presidência.
Na capital do país, ao fim de um protesto durante a noite dezenas de pessoas encapuzadas, armadas com pedaços de pau e bastões de beisebol, destruíram lojas e agências bancárias no famoso 'Paseo de la Reforma'. Também usaram bombas incendiárias e criaram focos de incêndio nas ruas.
Centenas de policiais foram enviados ao local para evitar que os manifestantes avançassem até o Senado. Três homens, todos com menos de 20 anos, foram detidos.
Os estudantes desapareceram no dia 26 de setembro depois de um ataque de policiais de Iguala, que supostamente receberam ordens do prefeito. Depois, os agentes entregaram os 43 jovens para integrantes do cartel Guerreros Unidos que, segundo depoimentos de pessoas detidas, mataram e queimaram as vítimas.
Mas com a falta de provas materiais, os pais se aferram à esperança de que os estudantes estão vivos e exigem esforços do governo na busca.
Outros protestos foram registrados em todo o México, os mais intensos em Chilpancingo, capital de Guerrero, onde um grupo de manifestantes saqueou os escritórios da promotoria estadual e incendiou cinco veículos, incluindo duas viaturas policiais.
A imprensa mexicana divulgou pesquisas que mostram a queda da popularidade de Peña Nieto entre agosto e o fim de novembro: 46% a 39%, segundo o jornal Reforma, e de 46% a 41%, de acordo com o jornal El Universal.
Este é o menor índice de popularidade de um presidente mexicano desde os anos 90, durante o mandato de Ernesto Zedillo (1994-2000), quando o país enfrentava os efeitos de uma crise econômica conhecida como "Efeito Tequila".
O crime de Iguala provocou uma indignação sem precedentes entre a opinião pública do país, cansada após anos de violência.
Na segunda-feira, Peña Nieto enviou ao Congresso um pacote de reformas constitucionais para a área de segurança, com o objetivo de enfrentar as ações do narcotráfico.
Estudantes da Escola Raúl Isidro Burgos são tidos como desaparecidos.
Foto: Ceteg Acapulco / Facebook
Abel García Hernandez, morador da região de Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Abelardo Vázquez Peniten, morador de Atliaca, Guerrero.
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Adán Abrajan de la Cruz, vive no bairro de El Fortín, em Tixtla, Guerrero.
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Alexander Mora Venancio, vive na comunidade de El Pericón, em Tecuanapa, Guerrero.
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Antonio Santana Maestro, não há informações a respeito de sua residência.
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Benjamín Ascencio Bautista, não há informações a respeito de sua residência.
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Bernardo Flores Alcaraz, não há informações a respeito de sua residência.
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Carlos Iván Ramírez Villareal, não há informações a respeito de sua residência.
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Carlos Lorenzo Hernández Muñoz, morador da Costa, de Guerrero.
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César Manuel González Hernández, morador de Huamantla, no estado de Tlaxcala.
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Christian Alfonso Rodríguez Telumbre, morador de Tixtla, Guerrero.
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Christian Tomás Colón Garnica, morador de Tlacolula de Matamoros, em Oaxaca.
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Cutberto Ortiz Ramos, não há informações a respeito de sua residência.
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Doriam González Parral, morador de Xalpatláhuac, em Guerrero, tem um irmão na mesma escola e estavam juntos quando desapareceram
Foto: proyectoambulante.org
Emiliano Alen Gaspar de la Cruz é um dos 20 alunos do primeiro ano do colégio, não há informações a respeito de sua residência.
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Everardo Rodriguez Bello é morador de Omeapa, em Guerrero.
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Felipe Arnulfo Rosa morava na região do Rancho Papa, no município de Ayutla de los Libres, em Guerrero.
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Giovanni Galindes Guerrero tem 20 anos e não há informações a respeito de sua residência.
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Israel Caballero Sánchez é morador da comunidade indígena de Atliaca, que se localiza na metade do caminho entre Tixtla e Apango, municípios de Guerrero.
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Israel Jacinto Lugardo é morador de Atoyac de Álvarez, em Guerrero.
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Jesús Jovany Rodríguez Tlatempa estudava no primeiro ano do colégio e é morador de Tixtla, em Guerrero.
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Jhosivani Guerrero de la Cruz, morador de Omeapa, comunidade localizada a 15 minutos da sede do município de Tixtla, em Guerrero.
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Jonás Trujillo González é morador da Costa Grande, na região de Ticuí, município de Atoyac de Álvarez, em Guerrero.
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Jorge Álvarez Nava é morador do município Juan R. Escudero, em Guerrero.
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Jorge Aníbal Cruz Mendoza é morador de Xalpatláhuac, em Guerrero.
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Jorge Antonio Tizapa Legideño é morador de Tixtla, em Guerrero.
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Jorge Luis González Parral é o irmão mais velho de Doriam e também morava em Xalpatláhuac, em Guerrero.
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José Ángel Campos Cantor tem 33 anos e é, entre todos os desaparecidos, o mais velho. Ele é morador de Tixtla, em Guerrero.
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José Ángel Navarrete González, não há informações a respeito de sua residência.
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José Eduardo Bartolo Tlatempa é morador de Tixtla, em Guerrero.
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José Luis Luna Torres chegou à escola de Ayotzinapa, de Guerrero, diretamente da região de Amilzingo, em Morelos.
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Julio César López Palotzin é morador de Tixtla, em Guerrero.
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Leonel Castro Abarca, nasceu na comunidade de El Magueyito, em Tecuanapa, em Guerrero.
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Luis Ángel Abarca Carrillo é da região da Costa Chica, localizada em San Antonio, no município de Cuautepec, em Guerrero.
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Luis Ángel Francisco Arzola, não há informações a respeito de sua residência.
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Magdaleno Rubén Lauro Villegas chegou à escola de Ayotzinapa depois de deixar a região de La Montaña.
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Marcial Pablo Baranda é primo de Jorge Luis e Doriam González Parral. Ele fala a língua indígena e nasceu em Xalpatláhuac, em Guerrero.
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Marco Antonio Gómez Molina é morador de Tixtla, em Guerrero.
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Martín Getsemany Sánchez García é o quinto de oito irmãos, morador do município de Zumpango, em Guerrero.
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Mauricio Ortega Valerio faz parte de um povo que se denomina 'Matlalapa o Matlinalapa', localizado na região de La Montaña. Ele se preparava para ser professor bilíngue.
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Miguel Ángel Hernández Martínez tem 27 anos e não há informações a respeito de sua residência.
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Miguel Ángel Mendoza Zacarías faz parte de um povo que se autodenomina Apango. Vive no município de Mártir de Cuilapa, em Guerrero.
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Saúl Bruno García é morador de Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: <p>Saúl Bruno García é morador de Tecuanapa, em Guerrero.</p>
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