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Raio mata pelo menos 11 índios na Colômbia

Outros dezoito ficaram feridos; entre os mortos está um dos líderes espirituais e vários dos mortos são parentes

7 out 2014 - 08h18
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Índios foram atingidos por um raio na Colômbia nesta terça-feira
Índios foram atingidos por um raio na Colômbia nesta terça-feira
Foto: Twitter

Pelo menos 11 índios colombianos morreram e outros 18 ficaram feridos na segunda-feira devido ao impacto de um raio enquanto realizavam uma reunião na Sierra Nevada de Santa Marta, no norte da Colômbia, segundo fontes oficiais.

O grupo, pertencente à comunidade Wiwa, mantinha uma "reunião tradicional" à meia-noite quando foi atingido. O raio causou queimaduras de primeiro e segundo grau aos feridos, disse à Agência EFE o coronel Santodomingo, do Exército, que opera na região.

Os feridos foram transferidos a três centros médicos especializados de Santa Marta, capital do departamento de Magdalena, em helicópteros militares nos quais receberam os primeiros cuidados.

O prefeito de Santa Marta, Carlos Caicedo, disse a jornalistas que nas últimos viagens feitas por socorristas ao lugar da tragédia foram achados diversos pessoas lesionadas que não estavam no relatório inicial, "18 feridos", versão que foi confirmada por fontes policiais.

Entre os mortos está um dos "mamos" (líder espiritual) dos Wiwa e vários dos mortos são parentes, segundo as autoridades.

Segundo Arturo Vega, médico do Exército que ajudou a socorrer os feridos, os integrantes da comunidade aparentemente estavam sentados no solo quando o raio caiu e por esse motivo "têm queimaduras nas extremidades inferiores".

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, expressou condolência e solidariedade os parantes das vítimas e ofereceu o apoio do governo para superar a tragédia.

"Já disse que faremos todo o possível para ajudar no que estiver ao nosso alcance. Expressamos nossa solidariedade e já dei as instruções para que esta situação possa ser superada o mais breve possível", manifestou.

O conselheiro sênior da ONIC, Luis Fernando Arias, disse que essa entidade oferecerá ajuda econômica e material imediata aos sobreviventes.

"Estamos conversando com as autoridades e com as famílias para poder identificar o que se necessita para antecipar muito rapidamente a ajuda a estas pessoas que ficaram totalmente desamparadas", manifestou.

Arias ressaltou que a uma das preocupações é que os mortos eram homens, "o que deixa a suas famílias desamparadas e sem sustento", afirmou. Na lista de mortos divulgada pela ONIC há sete homens de sobrenome Gil.

O Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), explicou que esses raios são produto de um excesso de energia motivada pelas altas temperaturas que se registraram no norte do país, onde se sentiram os efeitos de uma "onda tropical" o que provocou um "céu bastante encoberto".

EFE   
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