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Raúl Castro confia em êxito de Maduro para continuar "grande obra" de Chávez

10 mar 2013 - 01h43
(atualizado às 03h52)
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O presidente de Cuba, Raúl Castro, afirmou neste sábado que confia no sucesso do agora "presidente interino" da Venezuela, Nicolás Maduro, e dos demais dirigentes do país para continuar a "grande obra" do falecido líder Hugo Chávez.

"Retornamos satisfeitos de ver como vai sendo projetada a continuidade da grande obra de Chávez e o gigantesco apoio do povo", afirmou hoje Castro em Cuba, após ter retornado do funeral do líder venezuelano em Caracas.

"Tenho certeza e tenho confiança absoluta no sucesso do presidente Maduro e dos demais dirigentes", acrescentou o governante cubano em declarações transmitidas neste sábado pela televisão do país.

Raúl Castro, que não fez declarações durante sua estadia na Venezuela, insistiu que retornou "com a certeza de que os novos dirigentes terão êxito" e ressaltou que "foram ensinados por Chávez" e que este "os ensinou a interpretar a história".

Além disso, elogiou o fato de os novos líderes do chavismo "terem grande conteúdo político" e "um sentido de unidade dentro da diversidade" da América Latina, que lembrou ser um dos objetivos da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), presidida temporariamente por Cuba.

Nesse sentido, o líder cubano destacou "a unidade" e os "sentimentos sinceros" que predominaram nesta sexta-feira durante o funeral de Hugo Chávez, no qual participaram quase todos os chefes de Estado e de governo do continente.

Também se referiu à "grande dor" com a qual viajou para Caracas em representação dos cubanos e lembrou que viveu "grandes perdas" durante os anos da revolução e que tem "experiência na dor vivida pela morte de tantos companheiros".

Raúl Castro se referiu em particular à morte de Ernesto Che Guevara (1928-1967) e ressaltou o pesar dessa perda e a de Chávez para os cubanos.

Raúl viajou para Venezuela na quinta-feira passada e foi o quarto chefe de Estado a chegar em Caracas para render homenagens a Chávez, após os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner; Uruguai, José Mujica, e Bolívia, Evo Morales.

Até o momento não foram divulgadas reações pessoais de seu irmão Fidel Castro, o líder da revolução cubana, e a quem Chávez sempre considerou como um pai e mentor.

Raúl e Fidel Castro acompanharam Chávez durante os mais de dois meses de pós-operatório em Havana, antes de seu retorno à Caracas no dia 18 de fevereiro, assim como em períodos anteriores do seu tratamento contra o câncer na ilha.

Hugo Chávez, morto na terça-feira passada aos 58 anos por um câncer detectado em junho de 2011, foi o principal aliado político e econômico de Cuba no século XXI.

EFE   
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