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Reino Unido responde fala de Kirchner na ONU e diz que não negocia Malvinas

6 ago 2013 - 18h52
(atualizado às 19h01)
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Cristina Kirchner preside reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York
Cristina Kirchner preside reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York
Foto: AP

O Reino Unido respondeu nesta terça-feira às declarações da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, feitas na reunião do Conselho de Segurança da ONU, e afirmou que não discutirá a soberania das ilhas Malvinas por cima dos desejos dos moradores do arquipélago. Cristina voltou a pedir ao Reino Unido que converse sobre a disputa pela soberania das ilhas, chamadas Falklands em inglês.

O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, disse que "tal discussão não é só uma questão para os dois governos. Há três partes no debate. As opiniões do povo das ilhas Falkland não podem ser descartadas".

"Não pode haver uma discussão sobre a soberania das ilhas a não ser que os próprios habitantes queiram", reforçou o diplomata no comunicado.

Em plebiscito realizado no arquipélago em março deste ano, 99,8 % dos eleitores disseram "sim" a continuar como território dependente do Reino Unido.

A presidente argentina já citou esta questão na segunda-feira em reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que afirmou continuar disposto a usar seus bons ofícios para tentar resolver esta disputa.

No entanto, o Reino Unido já rejeitou há meses qualquer possibilidade de mediação do secretário-geral, repetindo o argumento de que não negociará a soberania acima do direito à livre determinação dos habitantes das Malvinas.

Argentina e o Reino Unido entraram em guerra em 1982 pelas Malvinas, depois do desembarque surpresa de tropas argentinas no arquipélago no dia 2 de abril daquele ano. A guerra terminou meses depois, em junho, com a rendição argentina.

Os países negociaram com sucesso a normalização de suas relações, transformada em acordo em 1990, mas deixaram à margem das conversas o espinhoso tema da soberania.

EFE   
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