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Revolução cubana continua sendo uma revolução de jovens, diz Raúl Castro

26 jul 2013 - 15h31
(atualizado às 15h56)
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Presidente cubano comanda ato que celebra a data
Presidente cubano comanda ato que celebra a data
Foto: AP

O presidente de Cuba, Raúl Castro, afirmou nesta sexta-feira que a revolução cubana "continua sendo uma revolução de jovens" embora já tenham se passado 60 anos do fracassado ataque ao quartel Moncada, evento considerado o início do processo revolucionário.

"Passaram-se muitos anos, mas esta continua sendo uma revolução de jovens como nós éramos em 26 de julho de 1953", disse o general Castro na cidade de Santiago de Cuba, onde aconteceu hoje o ato de comemoração da emblemática data no calendário político cubano.

Castro, de 82 anos, acrescentou que a geração histórica que liderou esse processo "vai cedendo lugar aos pinheiros novos com tranquilidade e serena confiança", após lembrar que atualmente mais de 70% dos cubanos nasceu após o triunfo, em 1959, da revolução liderada pelo seu irmão Fidel Castro.

Multidão se reúne em evento que marca o aniversário da revolução
Multidão se reúne em evento que marca o aniversário da revolução
Foto: AP

O presidente cubano lembrou também que está em andamento "o processo de transferência paulatina e ordenada às novas gerações das principais responsabilidades de direção na nação".

Raúl Castro, presidente de Cuba desde 2008 após dois anos de mandato interino, assumiu depois que seu irmão Fidel se retirou do poder em 2006 por uma doença, e foi reeleito para um segundo mandato em fevereiro, o último, em virtude da decisão de limitar a no máximo dez anos os cargos políticos do país.

Nos últimos anos, Castro não escondeu que uma de suas preocupações é assegurar que a próxima geração garanta o futuro da revolução cubana. E de fato durante seu mandato a gestão no governo e na assembléia foi "rejuvenescida" com a entrada de dirigentes nascidos após 1959.

Raúl Castro recebe os amigos Evo Morales (centro) e Nicolás Maduro (esq.)
Raúl Castro recebe os amigos Evo Morales (centro) e Nicolás Maduro (esq.)
Foto: AP

Um das nomeações mais importantes nesse sentido foi a do primeiro vice-presidente Miguel Díaz-Canel, de 52 anos, em fevereiro, decisão que o próprio Castro definiu como "um passo definitivo na configuração da direção futura do país".

Raul Castro discursou para cerca de 10 mil pessoas e foi assistido pelos presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro; da Bolívia, Evo Morales; e da Nicarágua, Daniel Ortega, países aliados de Cuba. Também estiveram presentes o presidente uruguaio, José Mujica, e os líderes de quatro estados do Caribe.

Raúl Castro aproveitou o 60º aniversário do "26 de julho" ou "Dia da Rebeldia Nacional" para homenagear seu irmão e líder da Revolução cubana, Fidel Castro, que apesar da ausência na cerimônia foi protagonista da celebração.

O "inabalável otimismo" de Fidel junto ao povo cubano "capaz de resistir a tanto sacrifício e ser o verdadeiro protagonista desta epopeia, que nos deu a vitória, situou no mapa nossa pequena ilha como um bastião da justiça social e do respeito à dignidade humana", disse o presidente cubano.

EFE   
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