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América Latina

Governo declara cessar-fogo com Farc até fim de outubro

4 out 2016 - 22h05
(atualizado em 5/10/2016 às 07h59)
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Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia
Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia
Foto: EFE

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nessa terça-feira (4) que o cessar-fogo com as Farc, em vigor desde 29 de agosto, será mantido até o próximo dia 31 à espera de consensos após a vitoria do "não" no referendo sobre o acordo de paz entre o governo e a guerrilha.

As partes tinham pactuado um cessar-fogo bilateral e definitivo, mas com a nova situação criada com o referendo, o governo se viu na obrigação de prorrogá-lo por meio de uma medida especial.

"Espero que possamos avançar nos acordos e nos diálogos para que possamos concretizar as regras e os acordos que nos permitam iniciar a solução para este conflito", afirmou o governante.

Fontes da presidência disseram à Agência Efe que, com o anúncio de Santos, se estende a vigência de uma resolução emitida pelo Ministério da Defesa que iniciava o cessar-fogo e que expirou no último dia 2, quando os colombianos se pronunciaram nas urnas sobre o acordo de paz com as Farc.

As fontes acrescentaram que o decreto de cessar-fogo bilateral e definitivo se mantém, mas, com o anúncio, foi prorrogada a implementação da medida por parte da polícia.

Santos se pronunciou depois de se reunir na Casa de Nariño, sede governo, com líderes de organizações financeiras e das igrejas cristãs em busca de apoios para o diálogo que iniciará com os ex-presidentes Álvaro Uribe e Andrés Pastrana, que lideram os setores a favor da opção pelo "não" no referendo.

O presidente colombiano, que desde o "não" dos colombianos no referendo se disse disposto a iniciar um diálogo nacional, comemorou poder se reunir amanhã com Pastrana e Uribe, dois dos mais ferrenhos opositores das negociações com as Farc.

"Trata-se novamente de buscar os denominadores comuns, quais são suas preocupações, quais são suas observações para ver se podemos introduzir através do diálogo as observações nesse grande acordo nacional que nos permita continuar na busca pela paz", ressaltou Santos.

EFE   
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