'Ultraconservador', governo de Milei atravanca avanço de direitos das mulheres no Mercosul

O governo de Javier Milei parece não estar inclinado a realizar a Reunião de Ministras e Altas Autoridades da Mulher no Mercosul. Como presidente do bloco durante o primeiro semestre de 2025, cabe a ele a convocação do seminário, reuniões, bem como a elaboração da agenda. Entretanto, até o momento, não houve nenhuma sinalização de que isso irá acontecer. As informações são do UOL.

• Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra

O evento, há 15 anos, é o principal mecanismo de consultas na região acerca de pautas relacionadas à mulher e ao gênero, tendo sido realizados durante períodos de governos de direita, centro e esquerda. 

Notícias relacionadas

'Liberte ele ou enfrente as consequências': a resposta do governo Milei à prisão de policial argentino na Venezuela

Como Milei na Argentina e Bukele em El Salvador se tornaram modelos para novo governo Trump nos EUA

Na Argentina de Milei, dragão da inflação foi domado, mas como ficou a vida das pessoas?

Apesar de haver conversas entre ministras de outros países, não há a possibilidade, diplomaticamente falando, de outro governo fazer a convocação. O governo de Milei é marcado pela desmobilização nas principais políticas de gênero, havendo a eliminação do Ministério da Mulher, Gênero e Diversidade, e o corte de recursos para programas de saúde sexual e apoio a vítimas de violência de gênero. O governo atua em consonância com a pauta do presidente americano, Donald Trump, com traços ultraconservadores no que tange à política de gênero.

Em janeiro, inclusive, o ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, anunciou a intenção de promover uma reforma para eliminar o conceito legal de feminicídio. "Esta administração defende a igualdade perante a lei consagrada em nossa constituição nacional. Nenhuma vida vale mais que a outra", declarou.