Uribe acusa Santos de comprar votos e usar Farc por apoio
O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010), líder do movimento Centro Democrático, acusou o líder Juan Manuel Santos de ter sido neste domingo reeleito nas urnas com a compra em massa de votos e a coação das Farc aos eleitores.
"O governo Santos impulsionou a maior corrupção da história caracterizada por abuso de poder, compra de votos, oferta de dinheiro", disse Uribe, agora senador eleito, acrescentando que, além disso, a guerrilha e grupos criminosos intimidaram os cidadãos para votar a favor do presidente.
Além disso, o ex-mandatário denunciou que tinham acontecido durante a campanha "ameaças de massacres e intimidações por parte de grupos terroristas como as Farc e as grupos criminosos aos eleitores de (Óscar Iván) Zuluaga", o candidato uribista, e acusou Santos de ter permitido esses fatos.
Zuluaga, que foi o candidato mais votado no primeiro turno, no dia 25 de maio, aceitou sua derrota para Santos, que louvou sua "galhardia" por este motivo, e prometeu continuar a luta política para que sejam levados em conta os que votaram nele.
Uribe, que em seu primeiro mandato impulsionou uma reforma constitucional para instaurar a reeleição, disse que agora a Colômbia precisa de "um sistema eleitoral diferente" que evite "abusos como os cometidos pelo governo Santos" e garanta a transparência.
"Devemos nos levantar contra a pedagogia do medo transformada em política que pretende que a compra de votos seja instituição nacional", acrescentou.
Finalmente, o ex-mandatário disse que o Centro Democrático será "fiel a suas convicções de pátria e não à armadilha vencedora". Santos foi reeleito com 50,95% dos votos, enquanto Zuluaga, seu rival e afilhado político de Uribe, obteve 45%, com 99,99% das cédulas apuradas.