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Uruguai controlará o uso de maconha por motoristas em festa

Cerca de 140 agentes de trânsito, tanto da polícia como de diversas autoridades municipais do país estão sendo capacitados

22 ago 2014 - 18h35
(atualizado às 18h39)
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<p>Embora o país tenha legalizado a compra e a venda da maconha no final do ano passado, há uma lei que proíbe os motoristas de circular sob os efeitos do álcool e outras drogas</p>
Embora o país tenha legalizado a compra e a venda da maconha no final do ano passado, há uma lei que proíbe os motoristas de circular sob os efeitos do álcool e outras drogas
Foto: AP

O Uruguai iniciou, nesta sexta-feira, a formação de seus agentes de trânsito para controlar o uso de maconha entre motoristas antes da realização no próximo domingo da Noite da Nostalgia, festa mais popular do país, na primeira vez que acontece a comemoração com a droga completamente legalizada.

Cerca de 140 agentes de trânsito, tanto da polícia como de diversas autoridades municipais do país, compareceram no dia de capacitação organizada pela União Nacional de Segurança Viária do país (UNASEV) e pela Junta Nacional de Droga para aprender a usar os dispositivos de detecção do uso de maconha que serão empregados a partir de agora de forma sistemática nos controles de estrada.

Segundo explicou Pablo Ithamoussou, secretário-executivo da UNASEV, a formação dos agentes procura cumprir em sua totalidade tanto com as normas de trânsito vigentes no país desde 2007, que proíbem circular sob os efeitos do álcool e outras drogas, como da lei que legalizou a compra e venda da maconha no final do ano passado e que incluía um artigo específico para vigiar o uso maconha ao volante.

O sistema empregado para medir o THC (tetrahidrocannabinol, o conteúdo psicotrópico da maconha) nas pessoas é um "teste muito simples que funciona com a saliva do indivíduo" e que já está sendo utilizado em outros lugares do mundo como Madri.

Ithamoussou apontou que estes controles se somarão aos que habitualmente são realizados para detectar o uso de álcool e que apesar da novidade que pode representar, realizar controles de maconha em um contexto de legalização da mesma "é apenas cumprir uma norma".

No entanto, o secretário da UNASEV apontou que a impressão é que "não existe a mesma percepção de risco no uso da maconha que no uso do álcool ao volante" e que por isso é preciso trabalhar "na comunicação prévia para infiltrar o tema desse perigo na sociedade".

Neste sentido, o técnico apontou os trabalhos de divulgação destes controles que são realizados nestas datas e um pouco antes da Noite da Nostalgia, quando centenas de milhares de uruguaios saem para dançar em todo o país.

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EFE   
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