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Uruguai cria grupo para investigar crimes durante ditadura

Anúncio coincide com a 20ª Marcha do Silêncio, para recordar os desaparecidos nesta época que envolve a ditadura militar iniciada em 1973

20 mai 2015 - 22h18
(atualizado em 21/5/2015 às 08h32)
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Presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, anunciou grupo de investigação de crimes contra Humanidade
Presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, anunciou grupo de investigação de crimes contra Humanidade
Foto: Andres Stapff / Reuters

O governo de Tabaré Vázquez criou um grupo que investigará as denúncias contra o Estado por crimes contra a Humanidade entre 1968 e 1985, período que envolve a ditadura militar iniciada em 1973, informou a presidência do Uruguai em um comunicado.

O chamado "Grupo de Trabalho por Verdade e Justiça" foi criado por decreto pelo presidente terça-feira à noite e funcionará no âmbito da presidência.

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Seu principal objetivo será "investigar os crimes contra a Humanidade cometidos por agentes do Estado ou aqueles que tiveram a autorização, apoio ou aquiescência do Estado, dentro ou além-fronteiras, como parte das ações ilegais do Estado e do terrorismo de Estado", indica o decreto presidencial.

O grupo analisá denúncias correspondentes a casos ocorridos entre 13 de junho de 1968 e 28 de fevereiro de 1985.

Ex-presos políticos de Pinochet estão em greve de fome:

O decreto do governo ressalta que este grupo contribuirá para "esclarecer os acontecimentos e revelar a verdade histórica, promovendo a justiça".

O anúncio coincide com a 20ª Marcha do Silêncio, para recordar os desaparecidos nesta época que envolve a ditadura militar iniciada em 1973.

Jornalista lança livro sobre carcerárias na era Pinochet:

Carregando fotos dos presos desaparecidos durante a época mais turbulenta do país, milhares de uruguaios caminharam em silêncio na noite desta quarta-feira por uma das ruas mais congestionadas de Montevidéu sob o slogan "Chega de impunidade. Verdade e Justiça".

A Marcha do Silêncio é realizada desde 1996 em Montevidéu.

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