Os chefes militares venezuelanos detidos ou investigados por eventual participação em uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Nicolás Maduro somam 30 e também estão envolvidos líderes políticos.
José Vicente Rangel, ex-vice-presidente e ministro da Defesa, do Interior e de Relações Exteriores durante o mandato do falecido Hugo Chávez (1999-2013), agora sem cargos oficiais no Executivo de Maduro, fez o anúncio em seu programa dominical no canal privado "Televen".
Os 30 "oficiais" investigados por serem "partícipes nos preparativos de uma aventura destinada sem dúvida ao fracasso" fazem parte de um mesmo grupo integrado por "vários destacados dirigentes da oposição" contra os quais "há graves indícios" sobre sua "atuação sediciosa", acrescentou Rangel.
"Não corresponde a mim dar nomes e fornecer detalhes sobre as investigações dos organismos competentes", declarou, alertando que qualquer tentativa deste tipo se chocará com "a maioria" de civis e militares do país.
A tentativa de golpe de Estado foi denunciada por Maduro no último dia 25 de março, quando anunciou a detenção de três generais da Força Aérea supostamente envolvidos no caso.
Manifestantes saem às ruas da Venezuela há mais de um mês contra o governo de Nicolás Maduro, reclamando da insegurança, inflação e a escassez de produtos básicos no país. Em 12 de fevereiro, foi registrada a primeira morte em protestos - que já somam mais de 30, de acordo com a procuradora-geral
Foto: Reuters
Após protestos sangrentos em várias cidades da Venezuela, o presidente Maduro classificou a violência como um "golpe de Estado em desenvolvimento", referindo-se aos grupos de ultradireita ligados a alguns partidos da oposição. Esta, por sua vez, responsabilizou o governo pelos confrontos
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Depois das primeiras mortes, a Justiça venezuelana emitiu mandados de prisão contra alguns opositores, entre eles, o líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López, sob acusação de assassinato. López se entregou dias depois
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Ainda em fevereiro, líderes estudantis da Venezuela afirmaram que continuariam nas ruas até que suas demandas sejam atendidas
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Em 14 de fevereiro, dois dias após a primeira morte, a ONU pediu para que a Venezuela processasse os responsáveis por ataques contra manifestantes antigovernamentais
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Entre as repercussões das manifestações, o governo criticou internautas por circularem imagens "falsas", depois de usuários terem postado fotos que alegavam terem tirado nas ruas da Venezuela, mas cuja origem foi rastreada a lugares como Egito, Grécia e Espanha
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Na manhã de 20 de março, a procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega, afirmou que já ocorreram 31 mortes e que mais de 400 pessoas ficaram feridas
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Manifestantes posaram para fotos na Praça Altamira, em Caracas, palco de muitos protestos
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O Tribunal Superior da Venezuela ordenou que prefeitos da oposição desmantelem as barricadas levantadas por manifestantes de rua
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Venezuela: máscaras são estratégia contra violência policial
Foto: Reuters
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