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Venezuela aguarda resposta de Snowden após aceitar pedido de asilo

Edward Snowden pediu e o governo confirmou que pode asilar o ex-consultor da CIA, desde que ele esteja em território venezuelano

9 jul 2013 - 22h25
(atualizado às 22h46)
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Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Foto: AP

O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, informou nesta terça-feira que o ex-técnico da CIA, Edward Snowden, não ratificou sua intenção de se asilar na Venezuela e assinalou que uma vez que ele o faça é preciso "ver as condições de segurança" para garantir a proteção do americano.

"Até agora (Snowden) não ratificou sua intenção de se asilar na Venezuela, o primeiro que temos que fazer é esperar sua vontade de se asilar e posteriormente fazer os contatos com o governo da Federação Russa para poder viabilizar sua viagem", disse Jaua aos jornalistas durante um ato de governo no Estado de Miranda.

O chanceler afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou sua vontade de dar o asilo a Snowden "se houver condições" e esclareceu que "em primeiro lugar" o americano "teria que estar em território venezuelano".

"Há uma realidade, ele está fora do país em uma zona de trânsito do aeroporto de Moscou e é uma realidade que limita a possibilidade imediata do asilo assim que ele manifestar seu desejo de se asilar, mas uma vez que se manifeste serão ativados outros mecanismos previstos", disse o ministro das Relações Exteriores.

<p>O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a oferta de asilo a Snowden</p>
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a oferta de asilo a Snowden
Foto: AP

Além disso, acrescentou que depois do pedido e da ativação do mecanismo de asilo devemos "ver as condições de segurança nas quais ele pode exercer o asilo territorial".

O chanceler também informou que os Estados Unidos solicitaram "por diversas vezes" a extradição do ex-técnico à Venezuela.

"Respondemos que, em primeiro lugar, nós somos obrigados pelo direito internacional a oferecer proteção humanitária a quem solicitar e todos os outros Estados envolvidos são obrigados a respeitar o asilo que for concedido por qualquer nação", disse.

Maduro ofereceu na sexta-feira passada "asilo humanitário" a Snowden e acusou os Estados Unidos de "suscitarem a loucura" e a "perseguição" após o incidente sofrido na semana passada pelo presidente boliviano, Evo Morales, durante sua viagem de volta à Bolívia.

Na segunda-feira, Maduro confirmou que seu governo tinha recebido a solicitação de asilo de Snowden, que se encontra na zona de trânsito do aeroporto de Moscou desde o dia 23 de junho.

Snowden é acusado de violar a lei de espionagem americana após divulgar detalhes de dois programas secretos de vigilância de comunicações telefônicas e na internet por agências de inteligência do governo. A Casa Branca disse que ninguém deve permitir que Snowden viaje para outro país a não ser os Estados Unidos.

EFE   
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