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Venezuela: duas pesquisas apontam vantagem de Maduro sobre Capriles

Levantamentos apontam Nicolás Maduro como vencedor do pleito de 14 de abril, mas divergem em 10 pontos sobre o tamanho da vantagem

1 abr 2013 - 19h40
(atualizado às 20h47)
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Henrique Capriles e Nicolás Maduro, os dois principais candidatos do pleito extraordinário de  2013 da Venezuela
Henrique Capriles e Nicolás Maduro, os dois principais candidatos do pleito extraordinário de 2013 da Venezuela
Foto: AP

Duas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais da Venezuela, que acontecem no dia 14 de abril, foram divulgadas nesta segunda-feira, quando começou oficialmente a campanha eleitoral, e ambas dão vantagem ao candidato chavista Nicolás Maduro. A diferença está no percentual de votos para o principal opositor, Henrique Capriles. 

PESQUISAS
  GIS-XXI Hinterlaces
Maduro  55,3% 55%
Capriles  44,7% 35%

O levantamento da empresa GIS-XXI divulgado pela Agência EFE coloca o atual presidente interino 10,6 pontos à frente de Capriles. Segundo a pesquisa, se o comparecimento popular às urnas for de 77% a 80% no dia das eleições, Maduro obteria 55,3% dos votos, e Capriles, candidato do partido opositor Mesa da Unidade Democrática, receberia 44,7%.

A outra pesquisa, divulgada pela agência AFP, indica que a vantagem de Maduro sobre Capriles é ainda maior: 20 pontos. Segundo o instituto Hinterlaces, o herdeiro político de Hugo Chávez tem 55% das intenções de voto, contra 35% de Capriles. No levantamento anterior, divulgado no dia 19 de março, Maduro tinha 53% contra os mesmos 35% de Capriles. 

O primeiro levantamento, da empresa GIS-XXI, foi realizado em todo o país entre os dias 18 e 23 de março, duas semanas depois da morte de Hugo Chávez, com 1.500 pessoas. Já a pesquisa do Hinterlaces foi feita entre os dias 20 e 25 de março com 1.100 eleitores.

Acusações

Capriles acusou nesta segunda-feira os meios de comunicação estatais de favorecer a campanha de Maduro. "O sistema de informação estatal se tornou um aparato de propaganda de um partido político", disse Capriles em entrevista coletiva prévia ao início da campanha, nesta terça-feira, exortando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a "cumprir a lei" e a ser "imparcial" nas eleições.

Capriles, que se afastou do cargo de governador do Estado de Miranda para participar das eleições, também criticou que o presidente interino utilize o sistema estatal de rádio e televisão para fazer "propaganda política" e que o canal VTV dê pouca cobertura a seus atos de campanha.

Em "um processo eleitoral está previsto que as partes tenham o mesmo espaço, os mesmos direitos", disse Capriles, assinalando que Maduro apareceu mais de 46 horas na VTV desde que assumiu o cargo com a morte do presidente Hugo Chávez, em 5 de março passado, sendo cerca de 11 horas em rede nacional, contra uma cobertura de apenas um minuto dos atos de campanha do candidato da oposição.

Capriles disse ainda que Maduro "precisa dos recursos do Estado" e de "toda a estrutura do poder do Estado" para levar sua campanha adiante, exatamente como Chávez fez nas últimas eleições presidenciais. "Nós toleramos muitos abusos no processo eleitoral passado", destacou Capriles, garantindo que vai denunciar a situação.

Durante seus 14 anos no poder, Chávez desenvolveu uma vasta rede de meios de comunicação estatais, que inclui cinco canais de TV com sinal aberto, dois jornais e dezenas de emissoras de rádio voltados para divulgar as ações do governo.

Com informações das agências internacionais. 

Fonte: Terra
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