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Venezuela: governo denuncia plano de assassinato de Maduro

Plano teria tido o apoio do Departamento de Estado norte-americano e do embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Kevin Whitaker

28 mai 2014 - 23h45
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<p>Denúncia foi apresentada à imprensa por membros do Partido Socialista Unidos de Venezuela (PSUV) em reunião transmitida pelos canais estatais</p>
Denúncia foi apresentada à imprensa por membros do Partido Socialista Unidos de Venezuela (PSUV) em reunião transmitida pelos canais estatais
Foto: Reuters

Integrantes do governo venezuelano denunciaram hoje (28) que políticos opositores e empresários conspiraram para assassinar o presidente da Venezuelano, Nicolás Maduro, e o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. De acordo com a denúncia, o plano teria tido o apoio do Departamento de Estado norte-americano e do embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Kevin Whitaker.

A denúncia foi apresentada à imprensa por membros do Partido Socialista Unidos de Venezuela (PSUV) em reunião transmitida pelos canais estatais, encabeçada pelo prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez.  Ele disse ter provas do plano, direcionado, não só contra o presidente e o chefe do Parlamento, mas também contra o governador do estado de Aragua, Tarek El Aissami, e o ministro de Interior e Justiça, Miguel Rodríguez Torres.

Segundo o prefeito, dentre as provas há correios eletrônicos aos quais a investigação penal da Justiça venezuelana teve acesso. Jorge Rodríguez disse que os e-mails rastreados relacionam a deputada opositora, Maria Corina Machado - nome importante da oposição - e o banqueiro e empresário Egídio Cedeño, que está foragido da Justiça e  é apontado como “financiador” do golpe.

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"Temos todas as provas do plano de magnicídio (assassínio de pessoa importante) e do golpe de Estado (...) o que estamos apresentando faz parte de uma investigação penal que envolve setores da direita venezuelana", disse o dirigente.

Jorge Rodríguez disse que o envolvimento do embaixador norte-americano no plano foi no sentido de “apoiar os opositores e dar instruções ao jornalista venezuelano opositor, Nelson Bocaranda, sobre o que deveria publicar na imprensa”.

Em nota divulgada pela Embaixada americana em Bogotá, Kevin Whitaker desmentiu as denúncias. “Essas acusações são falsas, e qualquer declaração a esse respeito é infundada”.

Segundo os dirigentes venezuelanos, os correios interceptados também vinculam ao plano conspirador os nomes do advogado constitucionalista e professor de Direito, Gustavo Tarre Briceño; dos ex-candidatos presidenciais opositores, Diego Árria e Henrique Salas Römer; além do ex-diretor da empresa estatal Petróleos da Venezuela, Pedro Burelli.

Jorge Rodríguez acrescentou que o golpe e o assassínio de Maduro começaram a ser articulados antes das eleições municipais de dezembro do ano passado. Ele anunciou que nos próximos dias o governo convocará os dirigentes da Mesa de Unidade Democrática (MUD), que congrega os partidos de oposição, para apresentar as provas das denúncias.

A opositora Maria Corina Machado escreveu em sua conta no Twitter para dizer que não participou do plano, e chamou as acusações de "infames". Ela disse que exigirá direito de resposta às televisões venezuelanas.

Também na rede social, o líder opositor e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles Radonsk,i acusou o governo de um novo show de conspirações, de golpes, e instou o presidente Nicolás Maduro a trabalhar para solucionar os problemas do país.

"Queremos ouvir dos três golpes, café da manhã, almoço e jantar (...) golpes contra a inflação, a escassez de tudo, contra a matança que há. Golpes ao caos econômico e social", escreveu.

Agência Brasil Agência Brasil
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