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América Latina

Venezuela liberta centenas de jovens ativistas opositores

Manifestantes haviam sido detidos durante operação da Guarda Nacional Bolivariana, que desmontou acampamentos organizados no centro da capital, Caracas

11 mai 2014 - 15h38
(atualizado às 21h38)
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<p>Soldados da Guarda Nacional Bolivariana colocam em caminhões pertences de manifestantes que haviam se instalado em acampamentos em Caracas, em de 8 maio</p>
Soldados da Guarda Nacional Bolivariana colocam em caminhões pertences de manifestantes que haviam se instalado em acampamentos em Caracas, em de 8 maio
Foto: AP

A justiça venezuelana libertou, na noite de sábado, a maioria dos jovens detidos na quinta-feira em uma gigantesca operação noturna em quatro acampamentos de manifestantes contra o presidente socialista Nicolás Maduro, deixando 11 deles na prisão.

Nas portas do tribunal de Caracas, durante a noite, os parentes receberam com abraços os últimos 156 jovens que iam saindo pouco a pouco, alguns erguendo os braços e gritando "Liberdade!", embora ainda tenham que se apresentar à justiça.

"A 156 dos acusados foram dadas medidas cautelares" (liberdade condicional), diz a nota do Ministério Público, ao divulgar o número de libertados no sábado.

Este grupo elevou a 208 o número de jovens postos em liberdade, de um total de detidos que o ministério do Interior, general Miguel Rodríguez Torres, calculou em 243, apesar de as ONGs calcularem que a cifra é menor, embora não tenham dado detalhes.

O governo Maduro justificou a mobilização de mais de mil agentes antimotins para desmontar estes quatro acampamentos - o mais cheio em frente aos escritórios da ONU em Caracas - na madrugada da última quinta-feira, dia 8, por considerar que as barracas abrigavam grupos que preparavam "atos terroristas".

A nota do MP venezuelano explica, ainda, que 11 manifestantes continuarão presos por acusações de porte ilegal de arma de fogo, obstrução de via pública, danos à propriedade, tráfico de drogas, associação para o crime, entre outros delitos para os quais será apresentada apelação na próxima semana, afirmou à AFP Gonzalo Himiob, um dos advogados de defesa e representante da ONG Fórum Penal.

Enquanto isso, estes 11 presos ficarão na sede dos Serviços de Inteligência venezuelanos (Sebin).

Outros três jovens - dois homens e uma mulher - terão que pagar fiança que os colocará em liberdade nos próximos dias.

Com a libertação de 208 jovens, entre quinta e sábado, deu-se fim às audiências de apresentação dos manifestantes detidos nos quatro acampamentos montados em Caracas, última face visível dos protestos de rua iniciados em fevereiro contra a inflação, a escassez de produtos básicos como café e papel higiênico e a violência criminal, e que ocorrem no primeiro ano do governo socialista de Maduro.

A prisão dos manifestantes motivou outros protestos nas ruas na quinta-feira, nos quais morreu um policial e, no sábado, uma marcha opositora que foi de uma praça ao leste de Caracas até a sede da ONU, onde foi dispersada pela tropa de choque com bombas de gás lacrimogênio.

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