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Venezuela: oposição vai seguir nas ruas após última manifestação

O prefeito de Caracas convocou uma grande manifestação para acompanhar o líder oposicionista detido, que será transferido nesta quarta-feira para se apresentar aos tribunais

19 fev 2014 - 08h55
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Manifestante vestindo bandeira venezuelana durante protesto da oposição que bloqueou ruas próximas ao aeroporto La Cartola, em Caracas, em 18 de fevereiro
Manifestante vestindo bandeira venezuelana durante protesto da oposição que bloqueou ruas próximas ao aeroporto La Cartola, em Caracas, em 18 de fevereiro
Foto: AP

O comparecimento maciço da população na manifestação desta terça-feira em Caracas para acompanhar o líder opositor Leopoldo López, que se entregou às autoridades, foi comemorado por seu partido, o Vontade Popular, e por outros políticos que anunciaram novas mobilizações populares. A primeira delas será o acompanhamento nesta quarta-feira do líder detido, que será transferido para se apresentar nos tribunais.

O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, convocou uma grande manifestação na terça-feira.  "Povo da Venezuela, movimento estudantil, os convidamos amanhã a comparecer no Palácio de Justiça. Liberdade plena para Leopoldo López", declarou Gaido que garantiu a manutenção de uma agenda de rua com base na Constituição, sem violência.

Ledezma comemorou que "apesar de todo o aparato militar e policial presente em Caracas, a Venezuela saiu às ruas". Segundo a deputada María Corina, 1 milhão de pessoas marcharam em apoio a López somente na capital do país.

A Venezuela vive um clima de tensão após vários dias de protestos, que, inclusive, causaram três mortes e deixaram dezenas de feridos em uma manifestação estudantil na quarta-feira passada.

O dirigente de oposição Leopoldo López, que tinha uma ordem de detenção por causa desses incidentes, se entregou nesta terça-feira, 18, à Guarda Nacional após liderar uma grande manifestação de oposição ao governo de Nicolás Maduro no leste da cidade.

O governo responsabiliza López pelos incidentes e também culpou os Estados Unidos pela violência em Caracas e em outras cidades nos últimos dias.

EFE   
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