Venezuelanos peregrinam para comprar produtos básicos
As longas filas em supermercados públicos e privados têm se transformado em cena comum no país latino-americano, onde o desabastecimento chega a 30%; até o governo terá de limitar vendas de bens de consumo
A caixa pega um ticket da máquina registradora e entrega ao cliente. Mas a vendedora não sorri e diz “muito obrigada por sua compra” como ocorre em outros lugares do mundo.
Ela faz, no entanto, uma revisão nos artigos comprados e informa sobre as restrições vigentes: o cliente terá de esperar cinco dias antes de poder adquirir outros oito rolos de papel higiênico, duas garrafas de óleo de soja e outros quatro quilos de farinha de milho – ingrediente indispensável para a “arepa”, prato nacional típico – presencio isto no Abasto Bicentenário (empresa pública que permite a distribuição equitativa dos alimentos e bens essenciais a preços mais acessíveis).
Um idoso esperou uma hora e meia numa fila enorme para conseguir pagar. Entre os produtos que conseguiu levar (pois não foram todos), faltava leite, açúcar, café, frango entre outros. Ele ainda teve sorte de conseguir comprar a fatinha e uns pedaços de carne.
Já cedo a fila de compradores vira a esquina e os madrugadores poderão levar a sua parte preciosa do inventário.
O homem foi embora reclamando sobre sua frustração com as compras em meio a soldados da Milícia Bolivariana que guardam no estabelecimento em Mercedes, Caracas. “É exaustivo. Em nenhum lugar você consegue tudo o que necessita”, conta ele que prefere não revelar seu nome. “Lá dentro, eles checam sua carteira de identidade para atualizar os produtos que você já comprou”.
País desabastecido
Cenas como esta já fazem parte do cotidiano do país latino-americano onde existe um índice de desabastecimento de 30%, de acordo com dados do Banco Central da Venezuela, o que implica na falta de 3 em cada 10 produtos que os consumidores procuram no mercado da Venezuela. Há áreas em que a falta é superior a 90%, conforme calculado pelo funcionário do órgão oficial.
A lista inclui produtos como óleo de girassol e milho, farinha de trigo e alguns já mencionados: leite, café, açúcar. O papel higiênico e outros produtos de higiene como barbeadores e shampoos se ausentam da mesma forma das prateleiras.
A vida diária dos milhões de consumidores venezuelanos teve de mudar por causa da grave situação no país desde o último trimestre do ano passado: os cidadãos criaram redes entre amigos e familiares para trocar informações dos locais que receberam mercadorias mais procuradas; eles também despacham as ecomendas para parentes e conhecidos em outras cidades (que a situação pode estar ainda pior).
Outro fato novo no cotidiano destas pessoas é que elas precisam sair do trabalho para poder adquirir produtos de maior necessidade, passando madrugadas inteiras nas portas dos estabelecimentos onde sabem que podem encontrar produtos básicos que precisam.
Vivemos em uma permanente peregrinação para comprar”, queixa-se María Delgado, moradora da cidade de San Critóbal, capital de Táchira, Estado na fronteira com a Colômbia, onde as carências têm aprofundado a necessidade de aplicação de restrições para evitar o contrabando, especialmente de produtos com preços regulados pelo governo.
Em lugares como o Centro Comercial Bicentenário da zona de aluguel da Praça Venezuela, em Caracas, as filas de consumidores se extendem por várias ruas fora da Instalação governamental. Os vendedores ambulantes de guarda-sol e cadeira têm seus clientes assegurados.
“Não há outra opção que não seja esperar. Geralmente aqui está bem cheio e rendendo mais dinheiro graças ao governo”, disse um homem que se identificou como Jesús López.
Filas semelhantes podem ser vistas em outras cadeias de supermercados privados, públicos ou nas feiras a céu aberto como aconteceu no último sábado, a duas ruas do Ministério da Alimentação. Esse mercado de rua vendeu 10 toneladas de carne. Foram necessários 15 militares e policiais armados com fusis e pistolas para fazer a segurança a praça onde havia previsão de desordem.
O desabastecimento foi um dos motivos que atiçou a participação de muitos cidadãos nos protestos contra o presidente Nicolás Maduro que acontecem no país a mais de dois meses – quem classificou os movimentos como tentativa de golpe de Estado – e já deixaram mais de 40 mortos.
Muitos venezuelanos chegaram a se fantasiar como se fossem os produtos em falta. Cartazes anunciavam “se busca”.
O problema, em alguns casos, resultou em brigas entre os clientes e os caixas; outras vezes, terminaram com as tentativas de desordem que foram gravadas por vídeos que circulam nas redes sociais.
Restrições: entre a raiva e a resignação
María Delgado afirma que, pela regra geral, a venda de desodorantes em sua cidade de limita a dois por pessoa. Limitações como esta são comumente aplicadas por redes privadas de mercado pela falta de inventário e o próprio governo tem adotado uma política pública de restrição para todas os estabelecimentos desde março. A fórmula foi batizada como “Sistema de Abastecimento Seguro”.
A princípio, se fez o anúncio e a criação de uma tarjeta eletrônica para implementá-lo, o que despertou a crítica de pessoas que alertaram sobre uma versão do século XXI das boletas de racionamento cubanas. Agora, a medida é realizada apenas com um controle automático aplicado nas caixas das lojas e da base de dados digital com impressões digitais dos compradores como uma maneira de evitar desvios de controle.
Maduro insiste que a situação foi provocada por uma “guerra econômica” aplicada por aqueles que desejam derrotá-lo e reverter os resultados alcançados por políticas sociais contra a exclusão e a desigualdade.
O presidente e seus porta-vozes atribuem o desabastecimento à especulação, à acumulação e ao contrabando – e o que falta pode ser encontrado em mãos de vendedores ambulantes e, para muitos, isto confirma a alegação do governo.
Nicolás Maduro tem dito repetidamente que a "ofensiva econômica", traduzido pelo controle operacional que já levou à prisão alguns comerciantes, é a chave para superar a crise com sucesso. Desde o mês passado também foram instaladas as conferências econômicas de paz com empresários para se buscar soluções.
No entanto, os críticos do governo argumentam que as prateleiras estão vazias por causa da expressão das políticas econômicas fracassadas da chamada “Revolução bolivariana”, que começou com o expresidente Hugo Chávez há 15 anos. A regulação dos preços dos rubros. A regulação dos preços dos itens básicos, o controle que impede o livre acesso a divisas, a expropriação de unidades de produção particulares, as exigências excessivas para os empresários e a corrupção da burocracia estatal são citados como as principais causas da situação.
Analistas como Luis Vicente León, diretor da empresa Datanálisis, insiste que é necessário uma retificação do fundo para dar início a uma nova economia que “entrou em colapso” em 2013 com uma inflação de 56%, a mais alta do mundo. Enquanto isso, as filas de compradores foram inseridos na paisagem e os venezuelanos estão divididos entre a raiva e a resignação.
16 de fevereiro - Governo venezuelano afirma que as manifestações são parte de um "golpe de estado fascista em marcha" e acusa grupos de ultradireita
Foto: Reuters
16 de fevereiro - Quase três mil estudantes protestaram em Caracas no domingo
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16 de fevereiro - Manifestantes de oposição participam de protesto contra o presidente Nicolas Maduro no último domingo, em Caracas
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16 de fevereiro - Manifestante usa máscara com a bandeira da Venezuela durante protesto, em Caracas
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16 de fevereiro - Jovens caminham em meio a gás de efeito moral jogado pela polícia durante protesto contra o governo de Maduro
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16 de fevereiro - Durante quase duas semanas, milhares de estudantes de todo o país têm protestado nas ruas
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14 de fevereiro - Com bandeiras e cartazes contra a violência e contra o governo de Nicolás Maduro, centenas de estudantes se reuniram na Praça Altamira, no leste de Caracas
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14 de fevereiro - Mais de mil estudantes voltaram às ruas de Caracas, nesta sexta-feira, para protestar contra o governo, de maneira pacífica, enquanto setores governistas preparam uma marcha "contra o fascismo" para este sábado
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14 de fevereiro - Protestos têm registrado grande número de feridos
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14 de fevereiro - Polícia foi acionada para conter os manifestantes
Foto: EFE
14 de fevereiro - Há 11 dias, grupos de estudantes e opositores ao governo iniciaram em diferentes cidades passeatas contra a insegurança, a inflação e a escassez de produtos
Foto: EFE
14 de fevereiro - Há 11 dias, grupos de estudantes e opositores ao governo iniciaram em diferentes cidades passeatas contra a insegurança, a inflação e a escassez de produtos
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14 de fevereiro - Parentes, amigos e manifestantes velam o corpo do estudante Juan Montoya, um dos três mortos durante protestos na Venezuela
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18 de fevereiro - O presidente Nicolás Maduro exigiu de seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, nesta terça-feira, que pare "de se meter nos assuntos internos" da Venezuela
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18 de fevereiro - Manifestantes permaneceram nas ruas de Caracas até o final da noite
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18 de fevereiro - Venezuelana residente no México segura cartaz em apoio ao líder da oposição, Leopoldo López, que se entregou nesta terça-feira
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18 de fevereiro - Venezuelanos residentes no México protestam contra o governo de Nicolás Maduro
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18 de fevereiro - Menina venezuelana acende velas que pedem "SOS" em protesto no México
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18 de fevereiro - Menino acende velas em apoio aos protestos que acontecem na Venezuela
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18 de fevereiro - "Venezuelanos em Monterrey, nós apoiamos nossos estudantes e irmãos", diz cartaz dos manifestantes venezuelanos que moram no México
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18 de fevereiro - Dezenas se reuniram no México para dar apoio aos protestos que acontecem há dias na Venezuela
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18 de fevereiro - Venezuelana chora em protesto nesta terça-feira
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22 de fevereiro - Mulher toca ombro de policial da Guarda Nacional durante marcha da oposição em San Cristóbal
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22 de fevereiro - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ergue uma flor durante ato em Caracas
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22 de fevereiro - Marcha da oposição em Caracas
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22 de fevereiro - Multidão de manifestantes em novo protesto nas ruas de Caracas contra o governo do presidente Nicolás Maduro
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22 de fevereiro - Henrique Randonski Capriles, um dos líderes opositores, na chegada ao protesto em Caracas
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22 de fevereiro - Marcha opositora em San Cristóbal, capital do Estado ocidental de Táchira
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22 de fevereiro - Manifestante participa de protesto em Caracas com cartaz com a imagem do ex-presidente Hugo Chávez
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23 de fevereiro - Moradora exibe retrato do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez durante passeata de anciãos em apoio ao governo de Nicolás Maduro, em Caracas
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23 de fevereiro - Homem com camiseta de Simón Bolívar, herói da independência latino-americana, canta em apoio a Maduro durante passeata de anciãos em Caracas
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23 de fevereiro - Pedro Pablo Rivero, 81 anos, participa de passeata de anciãos em apoio ao governo de Nicolás Maduro na capital da Venezuela, Caracas
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23 de fevereiro - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acena à multidão ao lado de sua esposa, Cilia Flores, em dia de ato público de apoio ao governo venezuelano
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24 de fevereiro - Manifestantes antigoverno montaram barricadas e começaram incêndios na capital venezuelana nesta segunda-feira
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24 de fevereiro - Motociclistas entram em confronto com estudantes que bloqueiam rua em Caracas
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24 de fevereiro - Motoqueiros pró-Maduro desfilam por avenida da capital, Caracas, durante protesto
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24 de fevereiro - Manifestantes entram em confronto com policiais em Altamira, no leste de Caracas
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24 de fevereiro - Manifestantes improvisam equipamentos de defesa e ataque durante confrontos
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26 de fevereiro - No Palácio Presidencial de Miraflores, Maduro recebeu representantes religiosos, empresários, intelectuais, jornalistas, deputados e governadores do partido governista. Os representantes dos partidos reunidos na oposição decidiram boicotar o encontro, que qualificaram de manobra de distração
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27 de fevereiro - Um manifestante da oposição corre com um escudo improvisado durante confronto com a polícia, em Caracas
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27 de fevereiro - Manifestante faz uma pausa durante confronto com a polícia na Praça Altamira, em Caracas
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27 de fevereiro - Manifestante dispara morteiro durante protesto contra o president da Venezuela, Nicolás Maduro
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08 de março - Manifestantes fogem de gás lacrimogêneo em Caracas
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08 de março - Manifestante lança bomba contra a polícia durante protesto. O governo impediu a realização de uma manifestação durante o Dia Internacional das Mulheres
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10 de março - Manifestantes contrários ao governo de Nicolás Maduro participam de protestos em Caracas
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10 de março - Manifestantes participam de protesto em Caracas
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10 de março - Manifestante anti-governo atira pedras contra a polícia durante um protesto na praça Altamira em Caracas
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10 de março - Polícia Nacional em motocicletas passa em nuvem de gás lacrimogênio durante manifestação anti-governo na Praça Altamira, em Caracas
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10 de março - Policial persegue um manifestante oposiçista ao Governo de Nicolás Maduro, na Praça Altamira, em Caracas. A escalada de violência em protestos contra o presidente já dura um mês
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10 de março - Estudante universitário Daniel Tinoco, de 24 anos, é retirado de um veículo ao chegar ao hospital, depois de ter levado um tiro na testa por homens armados não identificados em uma moto, durante protesto em San Cristobal, Tachira, Venezuela
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20 de março - Polícia joga spray de pimenta em manifestantes que protestaram próximo à Universidade Central de Caracas
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20 de março - Manifestantes e policiais se confrontaram na capital Caracas
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20 de março - Guarda Nacional Bolivariana tenta conter manifestantes na capital Caracas
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20 de março - Policiais atiram balas de efeito moral e gás contra pessoas que participam de protesto contra o governo
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20 de março - Manifestante enfrenta soldados da Guarda Nacional Bolivariana durante protesto
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20 de março - Policial é tomado por chamas durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro
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20 de março - Pessoas encapuzadas enfrentam as forças do governo
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17 de março - Membros da polícia se protegem da ação dos manifestantes nos arredores de Caracas
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17 de março - Manifestante caminha próximo a ônibus incendiado, na capital Caracas
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1 de abril - agente da Polícia Nacional Bolivariana dispara gás lacrimogêneo contra manifestantes que protestam contra o governo de Maduro, em Caracas
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1 de abril - manifestantes se protegem de gás lacrimogêneo lançado pela Polícia Nacional Bolivariana durante protesto na capital Caracas
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1 de abril - manifestante é detido pelas forças de segurança do governo durante protesto
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2 de abril grupo de manifestantes opositores do governo do presidente Nicolas Maduro incendeiam ônibus em Caracas
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1 de abril - manifestantes enfrentam policiais da Guarda Nacional Bolivariana em Chacao
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1 de abril - membros da Guarda Nacional detêm manifestante em Caracas. A Igreja Católica acusou o presidente Nicolas Maduro de tentar implantar um regime totalitário no país
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1 de abril - funcionários do governo deixam escritório após manifestantes colocarem fogo no edifício
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1 de abril - líder da oposição Maria Corina Machado é barrada pela polícia após ela tentar entrar non Parlamento Venezuelano em Caracas
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29 de março - Manifestantes se enfrentam com agentes das forças do governo no distrito de Chacao
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26 de março Policiais prendem manifestante na capital Caracas
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3 de abril - estudante é agredido e despido por partidários do governo de Nicolás Maduro, durante manifestação na Universidade Central da Venezuela, em Caracas
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3 de abril manifestantes lançam pedras contra a Polícia Nacional Bolivariana durante enfrentamentos na Universidade Central da Venezuela, em Caracas
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3 de abril - estudante é atacado por partidários do governo de Nicolás Maduro na Universidade Central da Venezuela
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3 de abril - policial à paisana é socorrido por colegas depois de ser atingido por fogos de artifício lançados por estudantes da Universidade Central da Venezuela
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6 de abril - manifestantes e policiais entram confronto em Caracas
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6 de abril - membros da Guarda Nacional disparam bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes, em protestos na capital, Caracas
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4 de abril - manifestantes contrários ao governo usam estilingue para atirar pedras contra membros das forças de segurança, em Caracas
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17 de abril - manifestante anti-governo lança um coquetel molotov contra policiais durante os distúrbios com a polícia em Caracas
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17 de abril - policiais se protegem contra foguetes lançados por manifestantes anti-governo durante os distúrbios com a polícia em Caracas; protestos no país já deixaram pelo menos 40 mortos
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17 de abril - Polícia se protege de foguetes lançados por manifestantes anti-governo durante os distúrbios com a polícia em Caracas. Estudantes venezuelanos estão marchando com os pés descalços, trabalhando na construção de crucifixos e planejando queimar efígies do presidente Nicolas Maduro para tentar insuflar movimento de protesto durante a Páscoa
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17 de abril - manifestante anti-governo lança um objeto com gás, antes arremessado pela polícia contra estudantes, durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
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17 de abril - manifestante anti-governo se afasta de gás lacrimogêneo usado pela polícia durante distúrbios com a polícia em Caracas
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17 de abril - manifestante anti-governo toma cobertura atrás de um escudo rudimentar durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas
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17 de abril - manifestantes anti-governo lançam fogos de artifício contra a polícia durante um protesto contra o governo do presidente Nicolas Maduro, em Caracas