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Visita de Putin a Buenos Aires é marcada por ato LGBT

Manifestantes estavam reunidos na praça de Maio e protestavam contra as leis que criminalizam a diversidade sexual na Rússia

12 jul 2014 - 14h41
(atualizado às 15h01)
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Putin desembarca em Buenos Aires
Putin desembarca em Buenos Aires
Foto: EFE

O presidente russo Vladimir Putin chegou a Argentina na manhã deste sábado e dirigiu-se diretamente para a Casa Rosada com o objetivo de reunir-se com a presidente Cristina Fernandes de Kirchner.

À espera do chefe de estado russo, estavam, além da comitiva oficial, um grupo de manifestantes organizado pela Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (FALGBT) reunidos na praça de Maio. Entre eles, havia também cerca de 50 manifestantes entoando bandeiras de Ucrânia, país que se tornou um dos principais rivais da Rússia desde o fim do ano passado.

O objetivo do ato é levar até o conhecimento do presidente a situação na qual se encontram alguns dos cidadãos russos que emigraram à Argentina na tentativa de fugir das duras leis que criminalizam a diversidade sexual no país. Uma das organizadoras da manifestação Claudia Castrosín Verdú conta que  "A FALGBT vem trabalhando para que os refugiados possam reconstruir suas vidas no nosso país”.

Para o presidente da FALGBT, Esteban Paulón, a visita de Vladimir Putin é uma oportunidade de destacar o atraso do país em relação a políticas de igualdade. Segundo ele,  "a chegada de Putin, em um momento no qual a violência exercida na Rússia contra a comunidade LGBT não apenas cresce, senão que é provida por instâncias estatais, e ainda, em um data próxima ao aniversário de 4 anos da promulgação da Lei do Casamento Igualitário argentina, nos obriga a manifestar o nosso repúdio”, justifica.

<p>Beijaço: organizações de defesa dos direitos dos homossexuais na Argentina realizaram ato na última quinta-feira</p>
Beijaço: organizações de defesa dos direitos dos homossexuais na Argentina realizaram ato na última quinta-feira
Foto: EFE

Para Esteban, Putin terá a oportunidade de presenciar como na Argentina a convivência com a diversidade, respeitando a igualdade de direitos e  promovendo a não discriminação, é algo possível e benéfico para toda a sociedade.

No entanto, o presidente russo não terá muito tempo para ter contato com o país e suas posições políticas em termos de direitos humanos. Putin parte para o Brasil ainda hoje, logo após o jantar oficial com a presidente argentina. O chefe de estado russo assistirá a final da Copa no Rio de Janeiro, seguindo para Fortaleza, onde participa da sexta cúpula dos Brics e no dia 15 segue, seguindo para Brasília no dia 16 para a reunião com os países membros da Unasur.

Fonte: Especial para Terra
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