Mundo vive pior crise de refugiados desde 2ª Guerra, diz ONG
Anistia pediu ação concreta contra crise
A ONG Anistia Internacional (AI) afirmou nesta segunda-feira (15) que o mundo está vivendo a "mais grave crise de refugiados" desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em um relatório divulgado hoje por ocasião do Dia Mundial do Refugiado (celebrado em 20 de junho), a organização denunciou o fracasso da comunidade internacional e pediu mais cooperação aos Estados para lidar com o problema, com a criação de um fundo e um compromisso coletivo de receber um milhão de refugiados nos próximos quatro anos.
Para a entidade, as respostas atuais são insuficientes e "condenam à morte milhares de pessoas", ressaltou o secretário-geral da AI, Salil Shetty. "Precisamos de uma reforma radical das políticas e práticas para criar uma estratégia global coerente", acrescentou.
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De acordo com a ONG, atualmente há 50 milhões de pessoas deslocadas forçadamente no mundo, sendo que apenas 16 milhões delas são reconhecidas como refugiadas. O secretário-geral comentou que as piores situações estão sendo registradas na Síria, onde ocorre uma guerra civil, na África Subsaariana, no sudeste asiático e no Mar Mediterrâneo. A denúncia da AI vem em um momento em que a Itália tenta fazer a União Europeia reformular suas políticas de imigração e inserir o conceito de "responsabilidade compartilhada".
Uma das principais portas de entrada para imigrantes no continente, a Itália recebe diariamente centenas de embarcações ilegais e é palco de dezenas de naufrágios. Entre as propostas de Roma contra a crise imigratória, está a realocação de estrangeiros e a distribuição deles por outros países da UE. Nos dias 25 e 26, o Conselho Europeu discutirá o tema.