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Ano letivo em Gaza começa com escolas fechadas e temor sobre "geração perdida"

9 set 2024 - 09h44
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O novo ano letivo nos territórios palestinos começou oficialmente na segunda-feira, com todas as escolas em Gaza fechadas após 11 meses de guerra e nenhum sinal de cessar-fogo.

Em seu ataque contínuo ao território palestino, Israel anunciou novas ordens aos moradores do norte da Faixa de Gaza para que deixem suas casas, em resposta aos foguetes disparados contra Israel.

O filho de Umm Zaki, Moataz, de 15 anos, deveria ter começado a cursar a décima série. Em vez disso, ele acordou em sua barraca em Deir al-Balah, no centro de Gaza, e foi enviado para buscar um recipiente de água a mais de um quilômetro de distância.

"Normalmente, esse dia seria um dia de comemoração, vendo as crianças com o novo uniforme, indo para a escola e sonhando em se tornar médicos e engenheiros. Hoje, tudo o que esperamos é que a guerra termine antes que percamos algum deles", disse a mãe de cinco filhos à Reuters por mensagem de texto.

O Ministério da Educação palestino afirmou que todas as escolas de Gaza estavam fechadas e que 90% delas foram destruídas ou danificadas no ataque de Israel ao território, iniciado depois que homens armados do Hamas atacaram cidades israelenses em outubro do ano passado.

A agência de ajuda palestina da ONU, UNRWA, que administra cerca de metade das escolas de Gaza, transformou o maior número possível de escolas em abrigos de emergência, abrigando milhares de famílias desalojadas.

"Quanto mais tempo as crianças ficarem fora da escola, mais difícil será para elas recuperar o aprendizado perdido e mais propensas estarão a se tornar uma geração perdida, caindo na exploração, incluindo casamento infantil, trabalho infantil e recrutamento para grupos armados", disse à Reuters a diretora de comunicações da UNRWA, Juliette Touma.

Além dos 625.000 habitantes de Gaza já matriculados na escola, outros 58.000 alunos de seis anos de idade deveriam ter se matriculado para iniciar a primeira série este ano, informou o Ministério da Educação.

No mês passado, a UNRWA lançou um programa de volta ao aprendizado em 45 de seus abrigos, com professores organizando jogos, teatro, artes, música e atividades esportivas para ajudar na saúde mental das crianças.

Quase todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram forçados a deixar suas casas pelo menos uma vez, e alguns tiveram que fugir até 10 vezes.

Na mais recente ordem de retirada, Israel disse aos residentes de uma área no norte da Faixa de Gaza que eles deveriam deixar suas casas, após o disparo de foguetes contra o sul de Israel no dia anterior.

"Para todos os que estão na área especificada. As organizações terroristas estão mais uma vez disparando foguetes contra o Estado de Israel e realizando atos terroristas a partir dessa área. A área especificada já foi advertida muitas vezes no passado. A área especificada é considerada uma zona de combate perigosa", disse um porta-voz militar israelense em árabe no X.

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