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Após 5 anos, EUA reconhecem genocídio contra rohingyas em Myanmar

Em 2017, mais de 700 mil pessoas da etnia precisaram fugir

21 mar 2022 - 15h13
(atualizado às 15h31)
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Após cinco anos, os Estados Unidos reconheceram que os militares de Myanmar cometeram um genocídio contra a minoria muçulmana rohingya, alvo de ações de perseguições e ataques que tiveram seu ápice em 2017.

Rohingyas foram perseguidos sistematicamente em Myanmar em 2017
Rohingyas foram perseguidos sistematicamente em Myanmar em 2017
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"A repressão da junta militar contra a minoria rohingya é um genocídio", disse o secretário de Estado, Antony Blinken, durante um discurso no Memorial do Holocausto de Washington nesta segunda-feira (21).

O secretário também voltou a acusar a China de cometer o mesmo crime contra a minoria muçulmana uigur na província de Xinjiang, como vem sendo feito por Washington desde o fim do mandato de Donald Trump.

Os rohingyas sempre foram perseguidos pela maioria budista em Myanmar, que vê a etnia como "imigrantes". Porém, em 2017, essa perseguição atingiu níveis enormes, com uma ação sistemática do Exército que provocou milhares de mortes e a fuga de mais de 700 mil pessoas para a vizinha Bangladesh.

À época, o país tinha como líder "de facto" a Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi, que hoje está presa pelos mesmos militares que faziam parte de seu governo à época e que deram um golpe de Estado em 1º de fevereiro do ano passado por não aceitarem perderem nas urnas, pela segunda vez consecutiva, para o partido de Suu Kyi.

O então governo dela, formado 75% por civis e 25% por militares por conta de uma manobra desses últimos na Constituição em 2011, também é alvo de um processo na Corte Internacional de Justiça da ONU, com sede em Haia.

No fim de 2019, ao defender seu governo, Suu Kyi negou que houvesse qualquer tipo de perseguição ou limpeza étnica contra a minoria por parte dos militares ou de órgãos oficiais.

Também em dezembro do mesmo ano, o governo de Myanmar foi condenado por violação dos direitos humanos por uma resolução da Assembleia Geral da ONU, com 134 votos favoráveis, nove contrários e 28 abstenções. .

Ansa - Brasil
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