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Após 'EI' destruir relíquias, Iraque reabre museu nacional

A abertura do museu foi antecipada em resposta a um vídeo do grupo atodenominado Estado Islâmico que mostrou estátuas sendo destruídas em outro museu do país

28 fev 2015 - 13h32
(atualizado às 15h43)
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Homens destroem estátua em museu que ficaria em Mosul, em imagem retirada de vídeo que circula na Internet
Homens destroem estátua em museu que ficaria em Mosul, em imagem retirada de vídeo que circula na Internet
Foto: Site de mídia social via Reuters TV / Reuters

O Museu Nacional do Iraque foi reaberto oficialmente em Bagdá, 12 anos depois de ter sido fechado após a invasão ao país liderada pelos Estados Unidos. Muitas das antiguidades roubadas durante a guerra já foram recuperadas e restauradas.

A abertura do museu foi antecipada em resposta a um vídeo do grupo atodenominado Estado Islâmico que mostrou estátuas sendo destruídas em outro museu do país, em Mosul. O primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi prometeu punir os responsáveis.

"Esses bárbaros, terroristas criminosos estão tentando destruir o patrimônio da humanidade e da civilização do Iraque", disse Abadi durante a abertura do museu. "Vamos perseguí-los para fazer com que paguem por cada gota de sangue derramada no Iraque e pela destruição da civilização do Iraque.''

A Unesco pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir como proteger a herança cultural do Iraque. O vice-ministro do Turismo e das Antiguidades iraquiano, Qais Hussein Rashid, disse à AFP que as ações do "Estado Islâmico" os estimulou a abrir o museu.

"Os eventos em Mosul nos levaram a acelerar nosso trabalho e queríamos abrir hoje como uma resposta ao que as gangues de Daesh fizeram", disse, usando um acrônimo em árabe para o "Estado Islâmico".

O Museu do Iraque estima que cerca de 15 mil itens tenham sido levados no caos que se seguiu à queda de Saddam Hussein. Quase um terço foi recuperado.

EI sequestra cristãos assírios e famílias fogem do país:

A coleção abrange 7 mil anos de história, inclusindo o período da Mesopotâmia - como o Iraque foi chamado durante a maior parte da história humana -, considerado o berço da civilização.

A realidade moderna no Iraque é mais violenta. As áreas em torno de Bagdá continuam a vivenciar a violência diariamente - pelo menos 25 pessoas foram mortas em dois ataques separados ao norte da capital neste sábado.

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