Após ofensa à mulher de Macron, Paulo Guedes pede desculpas
Após ofender nesta quinta-feira a mulher do presidente francês, Emmanuel Macron, enquanto criticava o fato de medidas do governo na frente econômica não estarem recebendo a devida atenção da mídia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas pela "brincadeira".
"A preocupação é assim: xingaram a Bachelet, xingaram a mulher do Macron, chamaram a mulher de feia. O Macron falou que estão botando fogo na floresta brasileira e o presidente devolveu, falou que a mulher dele é feia, por isso que ele está falando isso. Tudo bem, é divertido. Não tem problema nenhum. É tudo normal e é tudo verdade, o presidente falou mesmo e é verdade mesmo, a mulher é feia mesmo", disse Guedes ao participar de seminário em Fortaleza.
"Não existe mulher feia, existe mulher observada do ângulo errado", acrescentou o ministro. Mais tarde, o Ministério da Economia divulgou nota com o pedido de desculpas de Guedes.
"O ministro Paulo Guedes pede desculpas pela brincadeira feita hoje em evento público em Fortaleza (CE), quando mencionou a primeira-dama francesa Brigitte Macron. A intenção do ministro foi ilustrar que questões relevantes e urgentes para o país não têm o espaço que deveriam no debate público. Não houve qualquer intenção de proferir ofensas pessoais", afirma a nota.
Bolsonaro e Macron trocaram farpas publicamente no mês passado, por causa do aumento das queimadas na Amazônia, e o presidente francês chegou a falar da possibilidade de um status internacional para a floresta.
Nesse contexto, Bolsonaro endossou uma publicação em rede social ofensiva à primeira-dama francesa, Brigitte Macron. O presidente respondeu uma publicação de um seguidor que compartilhou fotos do presidente francês com sua esposa e de Bolsonaro com a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o texto: "Entende agora pq Macron persegue Bolsonaro." A resposta do presidente foi: "Não humilha cara. Kkkkkkk."
Macron classificou como "triste" o comentário de Bolsonaro. "É triste por ele e pelos brasileiros", acrescentou o líder francês.