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Arábia Saudita irá admitir morte de jornalista, diz imprensa

Jamal Khashoggi é crítico do príncipe herdeiro saudita

15 out 2018 - 18h53
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O governo da Arábia Saudita está considerando emitir uma declaração sobre o caso do desaparecimento do jornalista saudita Jamal Khashoggi, explicando que ele teria sido morto por engano durante um interrogatório que deu errado, informou nesta segunda-feira (15) a CNN, citando duas fontes não identificadas. De acordo com a emissora norte-americana, uma das fontes afirma que as conclusões do relatório, que ainda está sendo preparado, provavelmente incluirá o fato de que a "operação foi realizada sem autorização e transparência e que os envolvidos serão responsabilizados".

    Hoje cedo, as autoridades turcas começaram a investigar o consulado saudita em Istambul como parte do inquérito sobre o desaparecimento de Khashoggi, relatou o jornal "Sabah", citando fontes do Ministério das Relações Exteriores em Ancara.

    A inspeção ocorre na presença simultânea dos investigadores turcos e sauditas, que chegaram na semana passada após um acordo entre Ancara e Riad para a criação de um "grupo de trabalho conjunto".

    A abertura das portas do consulado havia sido prometida pelas autoridades sauditas há quase uma semana. A polícia turca está "investigando seriamente" a hipótese de que o corpo de Khashoggi foi dissolvido em ácido, relatou o jornal "Haberturk".

    O rei saudita, por sua vez, "nega qualquer hipótese do que pode ter acontecido". Em coletiva de imprensa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que está trabalhando "em estreita colaboração com a Arábia Saudita e a Turquia para entender o que aconteceu" com o jornalista.

    Khashoggi, crítico do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, desapareceu depois de entrar no consulado saudita em Istambul, em 2 de outubro, para trâmites burocráticos relativos a seu casamento com uma cidadã turca, Hatice Cengiz.

Ansa - Brasil
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