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Argentinos cansados da quarentena ignoram novas restrições contra aumento da Covid-19

16 abr 2021 - 16h20
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Cansados da quarentena prolongada e rígida adotada na Argentina em 2020 para conter a pandemia de Covid-19, muitos empresários da área da cidade de Buenos Aires decidiram ignorar as novas restrições impostas pelo governo nacional ante o aumento forte dos contágios.

Protesto contra restrições em Buenos Aires na frente da residencia presidencial, em Buenos Aires
 15/4/2021 REUTERS/Agustin Marcarian
Protesto contra restrições em Buenos Aires na frente da residencia presidencial, em Buenos Aires 15/4/2021 REUTERS/Agustin Marcarian
Foto: Reuters

As medidas afetam atividades como academias de ginástica, restaurantes e bares, cujo funcionamento foi muito prejudicado durante grande parte do ano passado, quando o presidente, Alberto Fernández, ordenou uma política rigorosa de distanciamento social para enfrentar a pandemia.

Desta vez, muitos deles decidiram desobedecer o decreto presidencial que entrou em vigor nesta sexta-feira, que estipula que até 30 de abril os comércios gastronômicos só poderão atender em mesas externas durante o dia e se limitar a entregas de noite. Além disso, ele determinou a interdição de espaços fechados destinados a esportes e atividades recreativas, culturais e religiosas.

O movimento "Cadeiras Viradas", que foi criado em 2020 e congrega restaurantes conhecidos de Buenos Aires, garantiu que não acatará o decreto, acrescentando se tratar de um "novo atropelo" contra seu setor.

"A gastronomia não contagia. Somos um espaço seguro para trabalhar. Já se comprovou que não somos foco de contágio, e sim fonte de empregos", disse o grupo em um comunicado.

Fernández se mostrou contrário à "rebelião" destes setores, observando que recebem ajuda estatal para poder sobreviver durante as restrições.

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