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As promessas do novo premiê britânico: 'A mudança começa agora'

Após se reunir com o rei Charles 3º, o novo primeiro-ministro prometeu governar para todos e elogiou o seu antecessor Rishi Sunak

5 jul 2024 - 13h58
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Keir Starmer falou aos britânicos já na sede do governo, em Downing Street
Keir Starmer falou aos britânicos já na sede do governo, em Downing Street
Foto: BBC News Brasil

Em seu primeiro discurso como o novo primeiro-ministro do Reino Unido nesta sexta-feira (5/7), Keir Starmer prometeu que o "trabalho de mudança" no país começa "agora", mas ressaltou que não será como "acionar um interruptor".

O Partido Trabalhista, do qual Starmer é o líder, venceu as eleições gerais britânicas na quinta (4/7) com uma maioria esmagadora de assentos no Parlamento.

O discurso de Starmer, já em frente ao número 10 de Downing Street, sede do governo britânico, ocorreu pouco depois de ele se reunir com o rei Charles 3º no Palácio de Buckingham.

Na política britânica, tradicionalmente é o monarca quem convida o líder do partido vencedor das eleições a formar um novo governo. Após o convite, Starmer se tornou oficialmente o novo primeiro-ministro.

No primeiro discurso à nação, Starmer começou elogiando o "árduo" trabalho de seu antecessor, o conservador Rishi Sunak, como o primeiro chefe de governo britânico de ascendência asiática.

"Agora, nosso país votou decisivamente por mudanças e pelo retorno da política do serviço público", disse Starmer.

"Quando a diferença entre os sacrifícios feitos pelo povo e o serviço que eles recebem dos políticos se torna tão grande, isso leva a um cansaço no coração de uma nação, a um esgotamento da esperança, do espírito, da crença em um futuro melhor."

O Rei Charles 3º convidou formalmente Keir Starmer a formar um novo governo no Reino Unido
O Rei Charles 3º convidou formalmente Keir Starmer a formar um novo governo no Reino Unido
Foto: Yui Mok/POOL via REUTERS / BBC News Brasil

O novo líder continuou afirmando que seu governo terá o "país em primeiro lugar, o partido em segundo", prometendo governar para todos os britânicos e não apenas para os que votaram nos trabalhistas.

O novo premiê também ressaltou a necessidade de escolas e casas acessíveis no país e prometeu "reconstruir" a "infraestrutura de oportunidades" do Reino Unido, fazendo isso "tijolo por tijolo".

"Porque, não importa quão ferozes sejam as tempestades da história, uma das grandes forças desta nação sempre foi nossa capacidade de navegar para águas mais calmas."

Concluindo seu discurso como primeiro-ministro, Starmer disse que as quatro nações do Reino Unido (Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales) estão "novamente unidas enfrentando, como fizemos no passado, os desafios de um mundo inseguro".

"Nosso trabalho é urgente e começa agora."

Derrota dos conservadores

Os resultados parciais mostram que Starmer terá 412 deputados trabalhistas — pouco menos do que o total alcançado por Tony Blair, em 1997 —, obtendo maioria por uma margem folgada de cerca de 170 assentos.

Os conservadores, por sua vez, perderam o poder após 14 anos em uma derrota catastrófica — e estão prestes a obter os piores resultados da sua história, com 121 assentos até agora

O agora ex-primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, reconheceu a derrota e parabenizou o adversário, antes de apresentar formalmente sua renúncia ao Rei Charles 3º.

"O povo britânico emitiu um veredicto preocupante esta noite. Há muito para aprender e refletir. E assumo a responsabilidade pela derrota", afirmou Sunak.

Entre as baixas conservadoras, estão a ex-primeira-ministra Liz Truss e o secretário de Defesa, Grant Shapps.

Os Liberais Democratas ficaram em terceiro lugar com pelo menos 71 deputados, o que representa um ganho de 63 cadeiras na Casa.

O Partido Nacional Escocês deve ter seu número de deputados reduzido de 47 a 9, e o Reform UK, de direita radical, representado por Nigel Farage, que antes não tinha assento no Parlamento, obteve quatro.

O Partido Verde, que só tinha uma cadeira, vai contar agora com quatro deputados, mesmo número de representantes do Partido do País de Gales (Plaid Cymru), que dobrou seu número de assentos.

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