6 anos após acidentes, China vai relançar os trens mais rápidos do mundo
Serviço voltará a atingir velocidades de até 350 km/h; 40 pessoas morreram após falhas em 2011.
A frota de trens de alta velocidade da China se tornará, mais uma vez, a mais rápida do mundo.
Seis anos após duas falhas deixarem 40 pessoas mortas, a velocidade máxima do Fuxing - "rejuvenescimento" em chinês - novamente poderá superar os 300 km/h, limite estabelecido após as tragédias.
A partir da próxima semana, alguns desses trens serão autorizados a correr a cerca de 350 km/h. Com a velocidade máxima mais alta, o tempo de viagem entre Pequim e Xangai deve diminuir em cerca de uma hora.
Até 21 de setembro, sete dos trens-bala chineses poderão viajar com o novo limite.
Sistema de monitoramento
Para marcar o retorno do serviço de trens de alta velocidade, as composições foram batizadas de Fuxing, um nome em linha com um slogan do governo nacional e de seu plano de desenvolvimento.
Todas as composições foram equipadas com um sistema de monitoramento melhorado, que irá diminuir a velocidade e parar os trens automaticamente em caso de emergência.
Acredita-se que o operador nacional de ferrovias chinesas esteja buscando formas de modernizar os trilhos para permitir que os motores funcionem ainda mais rápido - talvez a velocidades de até 400 km/h.
A estimativa é que a China tenha cerca de 19.960 km de trilhos de alta velocidade.
As falhas de 2011 envolvendo trens de alta velocidade levaram a uma investigação estatal sobre o ministério responsável, o que levou à descoberta de um esquema de corrupção generalizada.
Muitos funcionários acabaram acusados de corrupção e abuso de poder. Duas pessoas em altos cargos acabaram condenadas à morte, mas sua sentença foi suspensa - na China, muitas penas desse tipo são convertidas em prisão perpétua.