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Ásia

Abdullah reivindica a vitória nas eleições afegãs

Abdullah reivindicou a vitória e declarou que conta com documentos para prová-la

27 abr 2014 - 11h07
(atualizado às 11h09)
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Abdullah Abdullah se considerou neste domingo o vencedor das eleições presidenciais afegãs realizadas no último dia 5 de abril, enquanto seu oponente, Ashraf Gani, declarou que será necessário um segundo turno.

Abdullah reivindicou a vitória e declarou que conta com documentos para prová-la, apesar de a Comissão Eleitoral ter anunciado que nenhum candidato alcançou maioria segundo a apuração prévia.

"De acordo com nossas pesquisas, está claro que ganhamos", disse Abdullah em entrevista coletiva realizada em Cabul, na qual acrescentou: "Não houve suficiente transparência durante o processo de apuração de votos".

O ex-ministro de Relações Exteriores afirmou que "houve fraude organizada e sistemática", e acusou o governo de "interferir" na votação. No entanto, segundo Abdullah, não será necessário um segundo turno, uma vez que os votos fraudulentos sejam separados dos limpos quando se anunciem os resultados finais do primeiro turno no próximo dia 14 de maio.

A Comissão Eleitoral do Afeganistão anunciou ontem que Abdullah obteve 44,9% dos votos, seguido de Gani com 31,5%, o que leva ambos a enfrentar-se no segundo turno em 7 de junho, de acordo com a apuração preliminar.

Por outro lado, Gani, um tecnocrata com experiência no Banco Mundial, considerou hoje em outra entrevista coletiva que "um segundo turno é uma obrigação de acordo com a Constituição".

As eleições presidenciais anteriores de 2009 estiveram salpicadas de polêmica pelas supostas fraudes que levaram Abdullah a retirar-se no segundo turno contra o atual presidente afegão, Hamid Karzai.

As eleições decidem o sucessor de Karzai, no cargo há mais de 12 anos após os pleitos presidenciais de 2004 e 2009, e a quem a Constituição afegã impede concorrer a um terceiro mandato.

As tropas da Otan destacadas no Afeganistão se encontram em pleno processo de retirada e transferem gradualmente as competências de segurança à polícia e ao exército afegãos. A retirada terminará no próximo mês de dezembro, se forem cumpridos os prazos previstos, mas a comunidade internacional avalia manter certa presença militar em solo afegão além dessa data.

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EFE   
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