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Ásia

Adolescente é resgatado cinco dias após terremoto no Nepal

Jovem de 15 anos foi retirado dos escombros de um albergue

30 abr 2015 - 06h49
(atualizado às 09h11)
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Pemba Lama, de 15 anos, é levado a uma ambulância após ser resgatado de escombros cinco dias depois do terremoto que atingiu Katmandu
Pemba Lama, de 15 anos, é levado a uma ambulância após ser resgatado de escombros cinco dias depois do terremoto que atingiu Katmandu
Foto: Adnan Abidi / Reuters

As equipes de emergência retiraram nesta quinta-feira um adolescente de 15 anos dos escombros de um edifício em Katmandu, cinco dias depois do terremoto no Nepal, que provocou a morte de quase 5.500 pessoas.

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Um jovem de 15 anos foi retirado dos escombros de um albergue chamado Hilton Guesthouse, afirmou o porta-voz da polícia, Kamal Singh Bam.

O milagroso resgate do adolescente Pemba Lama simboliza uma pequena esperança no panorama sombrio no Nepal, onde as equipes de emergência ainda não conseguiram chegar a várias localidades remotas afetadas pelo terremoto de sábado.

A ONU fez um apelo para arrecadar US$ 415 milhões para ajudar as vítimas do terremoto, que precisam de água, mantimentos e remédios.

O terremoto de 7,8 graus de magnitude matou 5.489 pessoas, segundo o boletim mais recente do Centro Nacional de Operações de Emergência. O tremor também matou mais de 100 pessoas na Índia e China.

Ao mesmo tempo, o governo do Nepal anunciou que os alpinistas poderão retornar ao monte Everest nos próximos dias. O terremoto de sábado provocou uma avalanche e matou 18 pessoas na área da maior montanha do mundo.

"As escadas serão reparadas dentro de dois ou três dias e as escaladas poderão continuar, não há razão para que ninguém abandone sua expedição", disse à AFP o diretor do departamento de Turismo, Tulsi Gautam.

As fotografias de Pemba Lama, resgatado no bairro de Gongabu de Katmandu, mostram um adolescente coberto de barro na maca, antes de ser levado para o hospital.

O resgate deu novo ânimo para que as equipes de emergência continuem procurando por sobreviventes, apesar das condições extremas e dos tremores secundários. Grande parte da população da capital do Nepal continua dormindo nas ruas.

"Não sei por quanto tempo vamos continuar nestas condições, quanto tempo poderemos viver nas ruas", afirmou Rajina Maharjan, que passou os últimos dias em uma barraca ao lado do marido, dos sogros e do filho de quatro anos.

Mas nesta quinta-feira foram registrados os primeiros sinais de um paulatino retorno à normalidade, com a abertura de algumas lojas e a volta dos vendedores de frutas e verduras na praça Durbar, uma área em ruínas.

O governo reconheceu estar esgotado com a dimensão da catástrofe provocada pelo terremoto mais violento dos últimos 80 anos no Nepal.

"Temos fragilidades na gestão das operações de socorro", admitiu o ministro das Comunicações, Minendra Rijal.

"A catástrofe é tão grande e sem precedentes que não tivemos capacidade de responder às expectativas da população", disse.

Cremação em massa marca tardes no Nepal:

O coordenador da ONU no Nepal, Jamie McGoldrick, afirmou que serão necessários três meses para responder às medidas de urgência antes do início das tarefas de reconstrução.

A ONU fornecerá rapidamente barracas para as 500.000 pessoas que ficaram sem casas, assim como água e equipamentos de saúde para 4,2 milhões de pessoas.

Até o momento, as operações de resgate ainda não foram muito além de Katmandu, segundo a ONU.

"Algumas localidades só podem ser alcançadas a pé, às vezes após quatro ou cinco dias de caminhada", disse o coordenador.

"Fazemos o possível para chegar ao maior número de lugares possível", declarou o porta-voz do exército, Jagdish Pokharel.

De acordo com a ONU, oito dos 28 milhões de habitantes do país foram afetados direta ou indiretamente pela catástrofe.

O Nepal e a cordilheira do Himalaia ficam no ponto de contato entre as placas tectônicas indiana e euroasiática, uma área de forte atividade sísmica.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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