Arábia Saudita proíbe casamento com estrangeiras de 4 países
Novas regras impedem homens sauditas de se casar com mulheres de Paquistão, Bangladesh, Chade e Myanmar
O governo da Arábia Saudita ampliou as restrições ao casamento de seus cidadãos com estrangeiras, incluindo uma proibição expressa ao matrimônio com mulheres de quatro países.
Os homens sauditas estão proibidos de se casarem com mulheres nascidas no Paquistão, Bangladesh, Chade e Myanmar e que estejam vivendo na Arábia Saudita. Segundo estatísticas não oficiais, 500 mil mulheres desses países vivem hoje na Arábia Saudita.
A Arábia Saudita possui um dos maiores contingentes de mão de obra estrangeira entre os países do Golfo. São 9 milhões de pessoas – ou 30% da população.
A nova medida gerou polêmica em jornais e revistas do Golfo e do Paquistão. Leitores do jornal paquistanês Pakistani Dawn acusaram a Arábia Saudita de racismo.
Já o diário saudita Saudi Gazette questionou o fato de que o novo decreto afetar apenas mulheres desses quatro países.
Divórcio e poligamia
Pelas novas regras, os noivos que quiserem se casar com estrangeiras têm de encaminhar à polícia o documento de identidade original junto com a proposta de casamento assinada pelo prefeito da cidade onde moram. A papelada será então remetida ao governo para apreciação, explicou o chefe de polícia de Mecca, Assaf Al-Qurshi.
Os solicitantes precisam ter idade superior a 25 anos. Caso tenham se divorciado, terão que esperar seis meses antes de um novo casamento, informou o jornal Makkah.
Para homens casados, o requerente "deve incluir um relatório de um hospital federal atestando que sua esposa está sofrendo de uma doença crônica ou é estéril".
Enquanto isso, homens casados com mulheres saudáveis precisam provar que suas esposas autorizam o segundo matrimônio.
A Arábia Saudita permite a poligamia - um homem pode ter várias esposas.