Arábia Saudita registra mais 26 casos da síndrome Mers
Número total de pessoas contaminadas pela doença já chega a 371 no país; autoridades temem a contaminação de milhares de peregrinos que irão à Arábia Saudita durante o mês do Ramadã
A Arábia Saudita anunciou nesta quinta-feira que o número total de casos de Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), uma nova doença frequentemente fatal, quase dobrou em abril, com mais 26 infecções relatadas na terça-feira e quarta-feira.
O primeiro caso da doença no Egito também foi informado nesta quinta-feira, em um homem de 27 anos de idade que vivia na Arábia Saudita, mas voltou na semana passada ao Egito, passando mal depois de ter tido contato com um tio que morreu de Mers.
A preocupação internacional sobre a doença é grande porque a Arábia Saudita deverá receber um número elevado de peregrinos estrangeiros durante o mês de jejum do Ramadã, em julho, seguido de outros milhões para a peregrinação anual do haj, em outubro.
Embora a Organização Mundial da Saúde diga que a doença, da mesma família do vírus da Sars, é difícil de ser transmitida entre seres humanos, a maioria dos casos relatados na Arábia Saudita até agora parece ter sido de transmissão entre pessoas, e não de animais.
Uma equipe de especialistas da OMS chegou à Arábia Saudita e está trabalhando com as autoridades no sentido de aumentar as medidas de controle da infecção, especialmente em hospitais, e estudar como o vírus se espalha.
Com as novas ocorrências, o número total de casos confirmados na Arábia Saudita chega a 371, um aumento de 89 por cento durante o mês de abril.