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Ásia

Ativista Joshua Wong é detido em Hong Kong

28 jun 2017 - 13h23
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(Atualiza com número de detidos).

Hong Kong, 28 jun (EFE). - A Polícia de Hong Kong prendeu nesta quarta-feira o jovem ativista Joshua Wong, famoso líder da Revolução dos Guarda-chuvas, e outros manifestantes pró-democracia durante um protesto a favor do sufrágio universal e da liberdade do dissidente chinês Liu Xiaobo.

Aproximadamente, 20 ativistas do Partido Demosisto, da Liga dos Sociais-democratas e do Partido Popular, entre eles, Wong e Nathan Law, outro conhecido líder estudantil dos protestos de 2014, ocuparam nesta tarde a Praça Golden Bauhinia, onde fica o monumento de uma grande flor dourada, presente da China para Hong Kong quando o território foi devolvido aos chineses após 150 anos de ocupação inglesa. Os ativistas pretendiam ficar a noite toda como forma de protesto contra a gestão do regime comunista chinês no dia em que o presidente Xi Jinping chegou à ilha para festejar os 20 anos da devolução, mas os policiais começaram as detenções às 20h30.

De acordo com o superintendente superior da Polícia, Tse Kwok-wai, 26 pessoas foram presas, acusadas de perturbação da ordem. Anteriormente, o Demosisto, tinha estimado em 20 os ativistas detidos.

Os agentes informaram que o grupo não podia ficar no local, como ninguém acatou as detenções começaram, enquanto os ativistas pediam que a população se somasse à tradicional manifestação a favor da liberdade, que acontece em 1 de julho em Hong Kong. Alguns deles subiram na flor e a Polícia os retirou.

O protesto, em princípio, estava acontecendo de forma tranquila, apesar da grande presença da Polícia que vigiava a praça, um ponto emblemático visitado por milhares de turistas da parte continental chinesa diariamente e que hoje já estava pronto para a visita que fará Xi Jinping fará entre amanhã e sábado.

"Não tem o que celebrar!", dizia para o público Nathan Law, atual deputado no Parlamento de Hong Kong e ex-líder estudantil da Revolução dos Guarda-chuvas, sentado na base do monumento.

Sobre eles, uma enorme tecido preto cobria a parte de cima do monumento, com uma imagem do Nobel da Paz de 2010, Liu Xiaobo, e duas reivindicações: Democracia para Hong Kong e Liberdade para Liu. O escritor e dissidente, condenado em 2009 a 11 anos de prisão, ganhou liberdade condicional recentemente, por conta de um câncer terminal no fígado e atualmente está em um hospital do norte da China.

No meio da pressão local e internacional pelo caso do Nobel e a falta de liberdades, Xi chegará amanhã à ilha acompanhado da mulher e acredita-se que ele passará uma mensagem firme contra a independência ou qualquer mudança do statu quo.

EFE   
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