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Ásia

Ativistas pró-democracia enfrentam a polícia em Hong Kong

28 set 2014 - 18h39
(atualizado às 18h40)
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Tropas de choque avançaram contra manifestantes pró-democracia em Hong Kong nas primeiras horas de segunda-feira (horário local), disparando bombas de gás lacrimogêneo contra barricadas montadas para impedir as forças de segurança no centro da ex-colônia britânica.

<p>Bombas de gás foram lançadas contra os manifestantes, que armaram barricadas para conter a polícia</p>
Bombas de gás foram lançadas contra os manifestantes, que armaram barricadas para conter a polícia
Foto: Aaron Tam / AFP

Antes, a polícia entrou em confronto com um grupo que bloqueava uma via importante no distrito de governo em desafio a alertas oficiais que consideraram o movimento como ilegal. Vários confrontos ocorriam entre a policiais e manifestantes revoltados com as bombas de gás, disparadas em Hong Kong pela última vez em 2005.

A revolta é a pior desde que a China assumiu de volta da Inglaterra o controle sobre Hong Kong, em 1997, e representa um sério desafio aos líderes do Partido Comunista, em Pequim. O governo preocupa-se que os pedidos por democracia se espalhem por outras cidades no país, ameaçando seu poder.

Milhares de manifestantes ainda eram vistos ao redor do principal edifício de governo de Hong Kong, ignorando mensagens de estudantes e de líderes do movimento democrático que pediam recuo diante de possível uso de balas de borracha pela polícia.

"Se eu não participar hoje, vou me detestar no futuro", disse o motorista de táxi Edward Yeung, 55 anos, enquanto gritava contra a polícia na linha de frente dos manifestantes. "Mesmo se eu seja fichado, isso será glorioso".

A Inglaterra devolveu Hong Kong ao controle chinês sob uma fórmula conhecida como "um país, dois sistemas", que garantiu um alto nível de autonomia e liberdade não desfrutado na China continental.

No mês passado, Pequim rejeitou exigência do povo para livremente escolher o próximo líder da cidade, fazendo ativistas ameaçarem o distrito financeiro Central. A China quer limitar a eleição a um punhado de candidatos leais a Pequim.

O líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, prometeu mais cedo uma ação firme contra o movimento conhecido como Occupy Central with Love and Peace.

"A polícia está determinada a lidar com a situação de maneira apropriada e de acordo com a lei", disse Leung, menos de duas horas antes do avanço da tropa de choque contra os manifestantes.

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