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Ásia

Ativistas pró-democracia raspam cabelo em protesto na China

Gesto foi feito para mostrar que ativistas estão dispostos a fazer sacrifícios com o objetivo de garantir o futuro político do território

9 set 2014 - 10h56
(atualizado às 10h58)
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Ativistas pró-democracia de Hong Kong rasparam o cabelo nesta terça-feira como protesto pelo aumento do controle político da China
Ativistas pró-democracia de Hong Kong rasparam o cabelo nesta terça-feira como protesto pelo aumento do controle político da China
Foto: Tyrone Siu / Reuters

Ativistas pró-democracia de Hong Kong rasparam o cabelo nesta terça-feira como protesto pelo aumento do controle político da China na antiga colônia britânica.

Dezenas de manifestantes se reuniram em uma igreja lotada e explicaram que haviam raspado a cabeça de forma simbólica para mostrar que estão dispostos a fazer sacrifícios com o objetivo de garantir o futuro político do território sob administração chinesa.

Como os ativistas de Hong Kong temiam, Pequim anunciou recentemente que o futuro chefe do Executivo local será eleito por sufrágio universal a partir de 2017, como estava previsto, mas apenas entre dois ou três candidatos pré-selecionados.

Os ativistas pró-democracia consideram inaceitáveis as restrições e acusam Pequim de traição.

Entre os manifestantes com a cabeça raspada figuram três fundadores do principal movimento de protesto, Occupy Central, que querem bloquear o bairro de negócios da cidade para denunciar a decisão chinesa.

"Estamos determinados a mostrar que estamos dispostos a renunciar a algo para lutar por algo mais importante", explicou Benny Tai, um deles.

"Para os chineses, o cabelo representa um presente que seus pais deram. É valioso. Um dia também daremos nossa liberdade para lutar pela democracia", acrescentou.

No entanto, o movimento admitiu recentemente que é quase impossível fazer a China mudar de ideia, sobretudo no tema das liberdades eleitorais.

Os habitantes de Hong Kong possuem um sistema judiciário e político diferente do chinês, além de liberdade de expressão, mas os cidadãos de Hong Kong estão preocupados pelo crescente controle de Pequim nos assuntos internos do território.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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