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Ásia

Bangladesh: prefeito é retirado do cargo por desabamento

2 mai 2013 - 07h55
(atualizado às 09h54)
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Homens ainda buscam corpos de vítimas do desabamento que vitimou centenas de pessoas
Homens ainda buscam corpos de vítimas do desabamento que vitimou centenas de pessoas
Foto: AP

O governo de Bangladesh destituiu nesta quinta-feira o prefeito do município onde na semana passada ocorreu o desabamento do complexo têxtil que matou pelo menos 429 pessoas, informou à agência EFE uma fonte policial.

Mohammed Refatula, prefeito da cidade industrial de Savar, vizinha da capital Dacca, foi acusado de "negligência" e "inação" por não ordenar o fechamento do edifício apesar de um dia antes do acidente terem aparecido rachaduras no imóvel.

O superintendente da polícia metropolitana de Dacca, Habibula Rehman, explicou à EFE que a decisão de destituir Refatula foi tomada pelo Ministério de Governos Locais e Desenvolvimento Rural de Bangladesh. "Foi formado um comitê de investigação e serão tomadas ações contra ele", afirmou.

Segundo a imprensa local, o prefeito foi acusado também de ter praticado "irregularidades" ao aprovar a construção do edifício, que contava com nove andares e abrigava a milhares de trabalhadores em diferentes fábricas de roupas.

Refatula é o primeiro alto cargo cassado desde o desabamento, ocorrido em 24 de abril quando cerca de três mil estavam no interior do imóvel. As autoridades prenderam por enquanto 10 pessoas, inclusive o dono do edifício, vários proprietários de fábricas e engenheiros municipais. Há também uma ordem de busca e captura contra o empresário espanhol David Maior, diretor-geral de uma das fábricas têxteis que se alojavam no edifício.

Um total de 429 corpos foram recuperados dos escombros, de acordo com a última apuração oficial. As autoridades descartaram no início da semana encontrar mais sobreviventes apesar de um número indeterminado de trabalhadores continuarem desaparecidos.

O desastre evidenciou as más condições de trabalho e de segurança nas fábricas têxteis do país asiático, que abastecem multinacionais ocidentais.

EFE   
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