Budista: múmia não está morta, mas em ‘meditação profunda’
Nas tradições budistas, uma pessoa que consegue chegar a um nível tão alto de meditação poderá ajudar outras que estejam ao seu redor
Uma múmia encontrada em janeiro deste ano na Mongólia, que pode ter mais de 200 anos, estaria ‘viva’, em meditação profunda, segundo acreditam alguns budistas. Segundo a crença, o monge teria atingido um estado de espírito chamado 'tukdam' – que é o nível mais próximo daquele de Buddha. As informações são do The Mirror.
O professor do Instituto Mongol de Arte Budista da Universidade Budista Ulaanbaatar, Ganhugiyn Purevbata, afirmou que a posição de lótus vajra em que a múmia se encontra, com a mão esquerda aberta, significa que está rezando o Sutra. “O sinal é de que Lama não está morto, mas em um estado de meditação profundo de acordo com as tradições ancestrais do Budismo lamas”, explicou.
Ainda de acordo com a publicação, tal acontecimento é bastante raro, tendo sido encontrado apenas 40 vezes nos últimos 50 anos entre os monges tibetanos.
O médico de Dalai Lama, Barry Kerzin, que também é um famoso monge budista, contou que já teve “o privilégio de cuidar de algumas pessoas em estado tukdam”. Segundo ele, se uma pessoas “permanecer neste estado por mais de 3 semanas – o que é muito raro – o corpo começa a degradar e, no final, tudo o que resta é o cabelo, unhas e roupas”. E, caso permaneça no estado meditativo, “poderá se tornar Buddha”.
Ainda nas tradições budistas, alguém que consegue chegar a um nível tão alto de meditação poderá ajudar as outras pessoas que estejam ao seu redor, que poderão sentir um senso de contentamento.
O estado da múmia impressionou cientistas e médicos forenses. Ela está em um instituto de Ulaanbaatar que estuda sua origem e possível identidade.