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Ásia

Busca de avião da Malásia poderá levar anos, diz EUA

Funcionário diz que semanas de varreduras no oceano Índico com um aparelho submersível da Marinha norte-americana não produziram nenhum resultado

25 abr 2014 - 22h09
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<p>Policiais fazem guarda próximos a parentes de passageiros que estavam a bordo do avião desaparecido</p>
Policiais fazem guarda próximos a parentes de passageiros que estavam a bordo do avião desaparecido
Foto: Reuters

A procura do avião desaparecido da Malaysia Airlines provavelmente vai se arrastar por anos, disse uma autoridade sênior de defesa dos Estados Unidos nesta sexta-feira, enquanto a busca submarina de quaisquer indícios dos destroços do voo MH370 na costa oeste da Austrália parece ter falhado.

O funcionário, que não quis se identificar porque não está autorizado a comentar sobre o esforço de rastreamento, disse que as duas semanas de varreduras no oceano Índico com um aparelho submersível da Marinha norte-americana não produziram nenhum resultado.

Ele afirmou que a busca pelo avião que desapareceu em 8 de março, com 239 pessoas a bordo, iria agora entrar numa fase de investigação muito mais difícil, já que serão averiguadas áreas mais amplas do oceano, perto do local onde se acredita que o avião tenha caído.

"Nós entramos em toda essa pequena área e não encontramos nada. Agora será preciso voltar para a grande área", disse o funcionário à Reuters. "E agora estamos falando em anos."

O submergível Bluefin-21 conclui nesta sexta-feira o que pode ser a última de suas viagens de 16 horas por dia a profundidades de mais de 4,5 quilômetros, com buscas numa área de 10 quilômetros quadrados no fundo do mar, cerca de 3.200 quilômetros a noroeste da cidade australiana de Perth.

Quem estava a bordo do voo MH370 Quem estava a bordo do voo MH370

Funcionários da equipe australiana de busca disseram que apesar de ter completado 95 por cento de sua pesquisa-alvo, o submarino controlado remotamente não conseguiu localizar nenhum sinal do avião.

As autoridades identificaram a área como o local mais possível da queda do avião, depois de detectarem em 4 de abril o que suspeitavam ser um sinal, ou "ping", de gravador da caixa-preta da aeronave.

Embora os esforços mais promissores tenham focado debaixo d'água, a busca aérea e na superfície continuaram nesta sexta-feira com até oito aeronaves militares e dez navios que trabalham em pesquisas visuais de uma área de aproximadamente 49.000 quilômetros quadrados.

Mas a autoridade dos EUA disse que a Malásia terá agora de decidir como proceder, incluindo se coloca mais veículos subaquáticos não tripulados na busca, mesmo sabendo que a pesquisa poderá levar anos sem uma área precisa.

A Malásia está sob crescente pressão internacional para melhorar a divulgação de sua investigação sobre o desaparecimento do avião, que realizava um voo noturno de Kuala Lumpur a Pequim quando desapareceu.

O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, disse à emissora CNN na quinta-feira que na semana que vem seu governo vai tornar público um relatório preliminar sobre o desaparecimento do avião.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Qin Gang, reiterou que o governo da Malásia deve "responder ativamente às demandas razoáveis e direitos legais" das famílias.

"Ao mesmo tempo, esperamos que as famílias dos passageiros possam expressar suas demandas de forma legal e por meios racionais", disse Qin em seu contato diário com a imprensa.

Apesar da notícia aparentemente desanimadora desta sexta-feira, nenhum dos envolvidos no esforço de busca citou publicamente a possibilidade de encerrar as operações.

(Reportagem adicional de Ben Blanchard e Michael Martina, em Pequim)

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