Quase 300 continuam desaparecidos após terremoto no Nepal
Entre as vítimas estão 80 estrangeiros, cuja maioria desapareceu em zonas turísticas do país
Pelo menos 273 pessoas, entre elas 80 estrangeiros, continuam desaparecidas cinco semanas depois do grave terremoto que sacudiu Nepal em 25 de abril, enquanto o número de mortos representa já 8.699, informou nesta segunda-feira a polícia nepalesa.
"Estamos trabalhando em coordenação com as embaixadas, autoridades aeroportuárias e nossas equipes das fronteiras para averiguar o paradeiro dos estrangeiros desaparecidos", explicou à Agência Efe o superintendente segundo da polícia nacional, Basundhara Khadka.
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A maioria dos estrangeiros desapareceram em zonas turísticas como o vale de Langtang, popular entre os adeptos à caminhada, ou o de Manang, próximo à fronteira com o Tibete.
O porta-voz policial disse que os parentes tendem a denunciar as desaparições, mas não informam às autoridades quando são encontrados, o que está dificultando a apuração mais de um mês depois do desastre.
Além disso, 15 corpos continuam sem ser identificados, indicou o subinspetor geral Kamal Singh Bam, um deles de um estrangeiro e outro de uma criança.
A maior parte desses corpos foram recuperados no vale de Katmandu, embora dois foram levados desde Langtang, onde as autoridades calculam que dezenas de estrangeiros permanecem desaparecidos desde 25 de abril.
"Os corpos sem identificação estão guardados no necrotério do Hospital Teaching de Katmandu. Tomamos amostras de DNA, impressões digitais e fotografias de todos os corpos para sua identificação", acrescentou Bam.
Os colégios do vale de Katmandu reabriram ontem suas portas com uma baixa assistência e aulas em centros temporários ou em tendas de campanha, cinco semanas depois do terremoto de 7,8 graus que sacudiu Nepal em 25 de abril, o de maior intensidade dos últimos 80 anos.