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Ásia

China anuncia acordos de cooperação com Argentina

19 jan 2010 - 10h30
(atualizado às 11h39)
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China e Argentina assinarão diversos acordos de cooperação durante a próxima visita de Estado da presidente Cristina Kirchner, entre 25 e 28 de janeiro, informou nesta terça o Ministério de Assuntos Exteriores chinês.

"Trata-se da primeira visita de Estado à China da presidente argentina", afirmou hoje o porta-voz chinês Ma Zhaoxu à imprensa estrangeira.

Segundo Ma, a China confere grande importância a uma visita que segue à do presidente chinês, Hu Jintao, a Buenos Aires, em novembro de 2004, na qual o então presidente argentino Néstor Kirchner propôs uma relação estratégica bilateral.

O porta-voz chinês não deu detalhes dos documentos que serão assinados e se Pequim concederá a Kirchner ajuda financeira para projetos de infraestrutura, embora a imprensa argentina assegurou que buscará um investimento chinês de US$ 3 bilhões para o setor ferroviário.

Segundo a imprensa argentina, a oferta de acordos incluiria soja, gado bovino, controles alfandegários, mineração, cooperação científica e energia (prospecção petrolífera no litoral argentino).

Segundo fontes do setor petrolífero em Pequim, as negociações sino-argentinas incluiriam o eventual interesse da China pela petrolífera argentina YPF, sob controle da espanhola Repsol.

No ano passado, diversos meios de comunicação espanhóis e argentinos publicaram informações, nunca confirmadas pela Repsol, segundo as quais a petrolífera estatal China National Petroleum Corporation (CNPC) corteja a YPF, mas o suposto interesse não se concretizou.

Além de participar de um seminário sobre mineração e de uma reunião com empresários de ambos os países, Kirchner se reunirá também com o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, e com o líder da Assembleia Nacional Popular (Legislativo chinês).

Ma assinalou que é desejo de seu Governo que a visita "reforce as saudáveis relações bilaterais" e seja "um êxito".

A China é o segundo comprador de produtos argentinos e com quem o país sul-americano mantém um comércio de US$ 13 bilhões.

EFE   
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