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Ásia

China aumenta controle da Mongólia Interior antes de protesto

29 mai 2011 - 13h27
(atualizado às 13h54)
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Forças de segurança fecharam o acesso a partes da capital da imensa região chinesa da Mongólia Interior, neste domingo, para impedir moradores de promoverem um protesto de massas previsto depois de a morte por atropelamento de um pastor ter desencadeado seis dias de protestos de mongóis étnicos.

Centenas de policiais paramilitares e policiais em uniformes de choque, armados com cassetetes, escudos e capacetes, patrulhavam a praça Xinhua, em Hohhot, ao lado da estação de rádio e TV da Mongólia Interior, depois da difusão online de chamados por um protesto na segunda-feira. A polícia também cercou a praça Ruyi, em frente ao prédio do governo local, mas outras partes da cidade pareciam ter o mesmo movimento que sempre.

Na sexta-feira, as autoridades chinesas fecharam o acesso a partes da região da Mongólia Interior, uma região do norte do país rica em recursos naturais e localizada estrategicamente nas fronteiras da Rússia e da Mongólia. Moradores descreveram a medida como lei marcial. Em um sinal raro de desafio à autoridade, centenas dos mongóis chineses - que compõem menos de 20 por cento dos cerca de 24 milhões de habitantes da Região Autônoma da Mongólia Interior - saíram às ruas em outras partes da província, apesar da segurança intensificada.

Os manifestantes estavam revoltados pela morte, neste mês, de um pastor mongol, Mergen, depois de ter sido atropelado por um caminhão de carvão. O governo anunciou a prisão de dois chineses da etnia Han por homicídio, mas a prisão deles não conseguiu frear o sentimento público de revolta.

Os ressentimentos têm origens muito mais profundas, contudo. A Mongólia Interior, que cobre mais de um décimo da superfície da China, supostamente deveria ter alto grau de autonomia, mas os mongóis dizem que a maioria chinesa da etnia Han domina a região e tem sido a principal beneficiária do desenvolvimento econômico.

Diferentemente dos tibetanos ou dos uigures de Xinjiang, os mongóis chineses raramente saem às ruas, fato que torna os protestos mais recentes uma ocorrência altamente incomum. O Centro de Informação sobre Direitos Humanos dos Mongóis do Sul disse que os mongóis planejam realizar outros protestos nos próximos dias, também em Hohhot, que fica a menos de uma hora de avião de Pequim.

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