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Ásia

China executa 13 pessoas por 'ataques terroristas'

Executados eram acusados de cometer assassinatos e fabricar explosivos

17 jun 2014 - 03h45
(atualizado às 07h22)
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Os réus permanecem em pé diante do tribunal na capital regional de Xinjiang, China, em 16 de junho
Foto: AP

A China executou na segunda-feira 13 pessoas culpadas de "ataques terroristas e crimes violentos" em diferentes partes da região noroeste de Xinjiang, informou nesta terça-feira a agência oficial Xinhua.

Os 13 executados estavam envolvidos em sete casos diferentes e foram condenados, segundo a agência, por "dirigir e participar de grupos terroristas, cometer assassinatos e roubos, assim como fabricar e armazenar explosivos".

Eles foram declarados culpados previamente pelos tribunais locais das comarcas de Aksu, Turpan e Hotan, mas as penas de morte foram aprovadas pela Suprema Corte do país, conforme estabelece a lei chinesa.

"Os 13 planejaram ataques e mataram policiais, oficiais do governo e civis. Levaram vidas inocentes, causaram enormes perdas materiais e puseram gravemente em perigo a segurança pública", garantiu a Xinhua, citando os tribunais locais.

Veículos da imprensa estatal chinesa ofereceram imagens do julgamento, nas quais vários dos suspeitos apareciam vestidos com roupas laranja em um tribunal da província de Xinjiang.

A execução anunciada na segunda-feira também coincidiu com a pena de morte de três autores do atentado perpetrado em outubro de 2013 na emblemática Praça da Paz Celestial, no coração de Pequim, que deixou cinco mortos e 40 feridos.

O governo chinês acusou o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (Etim), a mais conhecida das organizações terroristas que reivindicam a independência de Xinjiang, de ser o responsável pelo ataque no coração da capital chinesa.

A região autônoma de Xinjiang é um dos pontos quentes da China após décadas de conflito entre os uigures e a etnia han, majoritária no país. Pequim garante que grupos extremistas atuam na região, muitos deles dirigidos por membros da etnia uigur, que reivindicam a independência dessa região sob o nome de "Turquestão Oriental".

Por sua parte, os grupos uigures no exílio acusam Pequim de usar o terrorismo como desculpa para reprimir sua religião e cultura e asseguram que o recente aumento dos enfrentamentos étnicos se deve à "persistente" violação de direitos humanos por parte da China.

Durante os últimos cinco anos, o número de vítimas relacionadas com enfrentamentos entre as autoridades e esses grupos ou por ataques terroristas é de cerca de 400.

Além disso, nos últimos meses, alguns ataques ocorreram fora da região, algo inédito até o momento, o que levou à China a desenvolver uma campanha antiterrorista e aumentar a vigilância por todo o país. 

EFE   
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